Vinícius Tondolo
Vinícius Tondolo
Vinicius Tondolo é diretor executivo do Sagres Educa, jornalista do Sistema Sagres de Comunicação, Mestre em Comunicação, docente e especialista em Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pelo curso de formação internacional MAIA

Pesquisa aponta que 72% dos jovens querem estudar e trabalhar

Nesta semana, o instituto Datafolha divulgou uma pesquisa para aferir a opinião de jovens, entre 14 a 17 anos, que estão chegando ao Ensino Médio em 2024. 72% dos entrevistados manifestaram o desejo de estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Este indicador demonstra a potência do trabalho formal (leia-se carteira assinada) como elemento de permanência na escola, distribuição de renda e oportunidade de ingresso ao mercado de trabalho.

Este desejo (ou necessidade da juventude brasileira) impacta diretamente a estratégia de promoção do Ensino em Tempo Integral por parte do Ministério da Educação e de todas as redes estaduais e municipais de ensino. O principal motivo que os jovens apontam para não se matricularem em uma escola em tempo integral está relacionado ao trabalho ( ⅓ das respostas). Cerca de 20% afirma que deseja trabalhar para ter seu próprio dinheiro e 13% por que precisa ajudar a família financeiramente.

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A pesquisa deixa claro quem é este jovem que precisa estudar e trabalhar: tem 16 anos (81%), são pretos (80%) e são estudantes de escolas públicas (74%). Mantê-los dentro da escola e com oportunidade de acesso a renda é imprescindível para impulsionar estratégias de combate às desigualdades educacionais. 

No mês de março, a Folha de SP divulgou relatório apontando que metade das redes estaduais e municipais não conseguiram atender este requisito e deixaram de participar da distribuição de R$3,6 bilhões do Fundeb.

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O governo federal lançou em 2024 o programa Pé de Meia. Os governos de Goiás, Distrito Federal, Tocantins e Piauí junto com municípios como Palmas-TO, Anápolis-GO, Rio de Janeiro, Feira de Santana-BA, Três Marias-MG e tantos outros pelo país, há décadas inspiram programas de garantia de escolarização, permanência  na escola, trabalho e distribuição de renda.

No início deste ano, o Ministério da Educação (MEC) divulgou os dados do Censo Escolar da Educação Básica 2023. O retrato que contou com dados da “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2023 (PNAD)” mostrou que mais de 68 milhões de brasileiros de todas as faixas etárias não concluíram o ensino básico (Fundamental e/ou Médio).

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Os dados do Censo apontam que deixar de alinhar educação, trabalho e renda das estratégias de política sociais tendem a manter o contexto de mais dos 50% dos alunos matriculados na rede básica que abandonam a escola no Brasil e sugere descompasso com o próprio interesse da juventude brasileira.

[COP À COP]

– SEDE DA COP. A pouco mais de sete meses da abertura da próxima Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP29), programada para acontecer em Baku, o fantasma de uma guerra entre Azerbaijão e Armênia voltou a assombrar a região do Cáucaso. Nos últimos dias, os dois países voltaram a trocar acusações sobre mobilização militar na fronteira, o que travou as discussões bilaterais por um fim definitivo ao conflito entre eles e ameaça a realização da COP 29, em novembro deste ano. Diversos países solicitaram a diminuição do tom de ambos os países. Informações via RFI.

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– DIÁLOGOS COM ÍNDIA. Nesta semana, os membros do Azerbaijão que lideram a organização da COP 29 participaram de encontros organizados pelo Conselho de Energia, Ambiente e Água da Índia, um grupo de instituições independentes que lideram os debates climáticos nestes temas. O presidente da cúpula, Yalchin Rafiyev, apresentou as expectativas e metas a serem atingidas pela reunião em novembro de 2024.

– ALERTA DE SAÚDE. Considerada uma doença decorrente das mudanças climáticas, os números alarmantes de mais de 1 milhão de infectados com o vírus e o número de mortes na América do Sul, criaram um sinal de alerta no governo da Catalunha com o aumento das temperaturas a partir de abril. Órgãos de fiscalização em saúde já preparam campanhas para evitar a reprodução dos mosquitos que tem sido registrado na Espanha desde 2004.

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