O Ministério Público Federal (MPF) em parceria com Ministério Públicos Estaduais, entre eles, o de Goiás, bloqueou os bens das empresas Embrasystem (nomes fantasias BBOM e Unepxmil) e BBrasil Organizações e Métodos e de seus sócios. De acordo com os órgãos se trata de mais uma pirâmide financeira que estava agindo no Brasil.

De acordo com o MPF, entre os objetivos da medida estão evitar novas vítimas e, em relação à pessoas que já estão no esquema, os bloqueios servem para reaver o máximo possível do dinheiro investido. O procurador da República, Hélio Telho, comenta o surgimento de várias empresas deste ramo de atividade. “O fenômeno das redes sociais potencializou de forma assustadora a ação danosa dessas pirâmides financeiras. A cada dia surgem novas empresas escondendo seus esquemas de pirâmides em novos produtos e serviços. O cidadão deve ficar atento e desconfiar de promessas de ganho de muito dinheiro sem ter que vender um produto ou serviço real”.

Aproximadamente R$ 300 milhões em dinheiro, que estavam em contas bancárias do grupo, foram bloqueados. Carros de luxo e outros cem veículos foram congelados também. De acordo com os procuradores, o que chamou a atenção é que antes da criação da empresa BBOM, as empresas movimentavam cerca de R$ 300 mil por ano. Após a montagem do novo negócio, o valor subiu para R$ 300 milhões, em pouco mais de seis meses de atividade.
Investigações apontam que a BBOM tem negócios com a Telexfree, outra empresa que teve os bens congeladas pela Justiça.

No caso da BBOM, o produto que supostamente “sustentaria” o negócio das empresas é um rastreador de veículo. Como em outros casos emblemáticos de pirâmide financeira, isso é apenas uma “isca” para recrutar novos associados, como foram os animais nos casos da “Avestruz Master” e do “Boi-Gordo”.

As pirâmides financeiras são proibidas no Brasil, configurado como crime contra a economia popular.

*Com informações do Ministério Público Federal