(Foto: Samuel Straioto)

Estratégias de mobilidade urbana, desenvolvimento sustentável e expansão são temas abordados no plano diretor, o objetivo do planejamento é distribuir benefícios e alertar riscos de urbanização. Após um ano e meio de trabalho técnico e audiências públicas, o plano diretor será apresentado à Câmara Municipal na segunda quinzena de novembro, como pontua o titular da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), Henrique Alves.

“Nós iniciamos a discussão do plano diretor cumprindo a lei no dia 16 de novembro de 2017 , o estatuto da cidade fala que o plano diretor deverá ter sua discussão ser iniciada de dez em dez anos e isso foi cumprido. Fizemos todas audiências públicas e houve o entendimento, não só por causa do processo eleitoral, que se finalizou a poucos dias, mas também em razão de ouvir mais a sociedade de ouvir mais algumas entidades, isso agregou muito ao projeto que será encaminhado à câmara”.

O presidente da Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Lucas Kitão, esclarece que o plano diretor visa solucionar os problemas da cidade e em determinados momentos medidas cautelares serão tomadas.

“É o momento que a gente tem para refletir sobre o futuro de Goiânia, é um marco normativo que dá para gente a oportunidade de corrigir os problemas atuais e evitar os problemas futuros. Claro que, em alguns momentos serão medidas impopulares em outros momentos medidas cautelares, para evitar problemas ambientais”.

Expansão urbana

Um dos temas destacado pelo plano é a questão da expansão urbana, de acordo com Henrique Alves, em 2007 o plano diretor optou por uma cidade compacta com urbanismo moderno, porém uma expansão sem controle, trouxe uma série de problemas de mobilidade e assistências para regiões da capital.

“A partir do momento que você faz uma expansão sem um controle determinado, isso vai acabar que, além da expansão, também os serviços públicos deverão ser estendidos naquela região, então você tem maior custo com educação, maior custo com ônibus, maior custo com coleta seletiva e assim sucessivamente. Então não é questão de simplesmente proibir a expansão, mas fazer o controle. Então o município estabeleceu critérios para fazer a expansão, como a questão de correção do perímetro, a questão de bairros e situações que já estão consolidadas, mas que estavam em área rural”.

Mobilidade

O Plano Diretor promove o diálogo sobre aspectos físicos, territoriais, econômicos e ambientais. Um dos assuntos discutidos é a mobilidade, que segundo Henrique Alves é um dos temas mais carentes de Goiânia.

“Mobilidade é um dos temas mais carentes de Goiânia, carente não por falta de planejamento, mas sim por investimento. O plano tem o dever e a função de prever onde serão os corredores exclusivos, onde serão os corredores principais e isso foi pensado em 2007, alguns foram implantados outros não”.

Prioridade

A apresentação do projeto de lei chega para a apreciação dos vereadores ainda em novembro, temas e projetos como a valorização da região central, incentivos fiscais, criação de arranjos produtivos locais, entre outros são pontuados no plano. Para o vereador e presidente da Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia, Lucas Kitão, é o momento de avaliar as mudanças e os benefícios para a capital.

“A prioridade na análise desse projeto, tem que partir desse viés técnico, onde os técnicos do paço municipal, o CREA e tantos outros órgão, universidades segmentos da sociedade civil organizada, vão poder contribuir com projeto de forma técnica, avaliando os impactos das mudanças e os benefícios”.