A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar (PM) e Bombeiros Militares de Goiás concedeu entrevista coletiva para reivindicar os direitos da categoria. Segundo o presidente da associação, Gilberto Cândido o governo estadual encaminhou à Assembleia Legislativa (Alego) que prevê redução para 16 mil o efetivo considerado ideal.

“O governo está mandando para a Alego reduzindo o efetivo da PM que, na teoria, até 2022 seria de 30.741, estão tentando reduzir para 16 mil. Hoje, na prática, tem só 10 mil, porque se o governo estivesse contratando quando editou a Lei nº 17.866 em 2012, nós não estaríamos nesta situação. A PM e a Segurança Pública de Goiás está em colapso hoje”, afirma.

Atualmente, Goiás conta com um efetivo de 10 mil, sendo que 4 mil já podem se aposentar. O presidente da associação justifica que as promoções são um estímulo para que essa parcela de militares não se aposente.

“Se reduzir, as promoções vão estagnar em, no mínimo, dez anos. Com esta proposta do governo estadual não vai haver mais promoção. Hoje temos mais de 4 mil processos de pessoal com 30 anos de serviço completados para ir embora para a reserva. Se o governo insistir, já está marcada para o dia 15 de fevereiro, na frente da Alego, uma assembleia geral para a gente decidir o que vamos fazer”, reitera.

Além do Estado já contar com um efetivo inferior, a deficiência se torna mais grave devido a férias e licenças médicas que, reduzem ainda mais o número de policiais. Quem sofre com a falta de segurança pública é a população, principalmente diante desse problema. Gilberto Cândido destaca que caso não haja acordo com o governo, haverá paralização.

“As propostas, os projetos do governo, infelizmente eles se trancam lá com seu secretariado e a categoria não toma nem conhecimento. Quando tomamos conhecimento, já está na Assembleia. Infelizmente a Assembleia hoje é um rolo compressor. O que vem do governo ali passar por cima e atropela todo mundo”, aponta.

A produção da Rádio 730 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP-GO), mas não recebemos nenhum posicionamento da pasta até esta publicação.

Com informações da repórter Juliana Gomes