A ambiguidade no discurso do governador Ronaldo Caiado a respeito da iniciativa dos Estados de comprar vacina – dois meses depois de ele criticar o governador João Dória por lançar um plano de vacinação em São Paulo – e o avanço da proposta de emenda constitucional (PEC) da imunidade parlamentar com apoio da maioria dos deputados federais de Goiás são o tema deste episódio do PodFalar.

Em dezembro o governador Caiado foi duro na crítica a João Dória por ele anunciar a vacinação fora do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Dória começou a vacinar os paulistas em 17 de janeiro. O Ministério da Saúde comprou a Coronavac e, dia 18, Caiado comemorou o início da imunização em Goiás com a vacina de Dória.

Nesta semana Caiado anunciou a disposição de comprar 1 milhão de doses do imunizante. Questionado sobre sua posição anterior, o governador afirmou que as vacinas adquiridas pelo Estados e pelas prefeituras serão entregues ao Ministério da Saúde para serem distribuídas pelo PNI, na proporção da população de cada Estado. Assim, se Goiás comprar 1 milhão de doses receberia apenas 3,3% desse total, ou seja, só 33 mil vacinas.

No segundo bloco, a aprovação pela Câmara dos Deputados da admissibilidade da PEC da Imunidade, que restringe a prisão em flagrante de parlamentar somente se relacionada a crimes inafiançáveis listados na Constituição, como racismo, terrorismo e crimes hediondos. A PEC é uma resposta do presidente Arthur Lira à decisão do STF de prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL/RJ) e por isso foi batizada de PEC da Impunidade ou PEC da Blindagem.

A aceitação da PEC contou com os votos de 10 deputados federais de Goiás. Apenas 6 foram contra. Votaram sim à admissibilidade os seguintes deputados: Adriano do Baldy, Célio Silveira, Zacharias Calil, Professor Alcides, Vitor Hugo, Glaustin da Fokus, José Mário Schreiner, Francisco Júnior, João Campos e Magda Mofatto. Votaram contra a PEC Alcides Rodrigues, Delegado Waldir, Flávia Moraes, Elias Vaz, José Nelto e Rubens Otoni.

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