Ouça “PodFalar #171: A prévia dos discursos eleitorais e o capítulo jurídico na novela do IPTU” no Spreaker.

A pré-inauguração das tribunas da Assembleia Legislativa – base e oposição em Goiás ensaiam discursos em meio a desafios para as eleições de outubro, e o capítulo jurídico do IPTU 2022 em Goiânia, com mudanças na articulação política da prefeitura de Goiânia, são os temas da edição #171 do Podfalar, o primeiro podcast de política de Goiás. A produção segue com as presenças de Fernanda Santos e Samuel Straioto, ao lado de Rubens Salomão, enquanto Cileide Alves curte férias.

A derrota do PSDB e ascensão no primeiro turno do governador Ronaldo Caiado em 2018 forçaram a reorganização de forças políticas em Goiás. Depois da diversa eleição municipal de 2020, os novos grupos começaram a ensaiar nova composição e discurso para a disputa estadual de 2022. A base caiadista, depois de intenso crescimento em três anos, pretende ficar ainda maior. Até atingir quase 80% de todos os deputados estaduais em Goiás.

A bancada com 32 parlamentares, cobiçada pelo líder caiadista, Bruno Peixoto, que está de saída do MDB e a caminho do União Brasil, representaria exatos e impressionantes 78% da Alego. A oposição, que já tem tamanho restrito, pode ficar ainda menor. A parte tucana, que passou a ser liderada na Assembleia pela deputada Lêda Borges, tem buscado afiar o discurso contra a gestão caiadista; e insiste na figura do ex-governador Marconi Perillo para isso.

Os ensaios de discursos apresentam, até agora, as comparações forçadas por marconistas, as acusações de perseguição e retrocesso, feitas pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), e a defesa da recuperação ética e fiscal, apresentada por caiadistas. Mais ainda resta a questão para o palanque de Caiado: será o mesmo do presidente Jair Bolsonaro? Afinal, quais são as diferenças, na urna, entre caiadistas e bolsonaristas?

IPTU

O capítulo jurídico do IPTU 2022 em Goiânia foi iniciado nesta semana, depois da apresentação, ainda em dezembro, de Ação Direta de Inconstitucionalidade contra os aumentos. Depois de acordo por limite de 45% mais a inflação, na tramitação do código tributário, e da demora na elaboração de simulador de valores, os boletos chegaram, mas com quase 10 mil contribuintes com reajustes acima do teto.

Com ampla repercussão e pressão contra prefeitura e Câmara Municipal, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) tentou assumir as rédeas do assunto e garantiu que aumentos acima do teto seriam automaticamente corrigidos.

Enquanto isso, a ADI tramitava no Tribunal de Justiça e, nesta semana, veio a manifestação do Ministério Público. O procurador-geral de Justiça, Aylton Flávio Vechi, registrou a proposta para que o limite seja respeitado, mas em índice mais baixo: aumento de até 10% no IPTU.

O paço ainda espera o resultado do julgamento, marcada para a próxima quarta-feira (23), para só depois se manifestar. Na mesma semana, o Paço continuou a sequência de trocas de nomes na equipe, em processo que parece ser de protagonismo de Rogério Cruz. Articulação política e elaboração de projetos foram os setores da vez.

Confira edições anteriores do PodFalar: