A semana começou para o governo com a expectativa otimista pela chegada em Goiás da missão do Ministério da Economia para levantar as contas do Estado. O governo esperava o aval técnico para ter condições de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Mas a semana terminou com outro clima: dificilmente Goiás conseguirá cumprir um dos três pré-requisitos da lei, a de a dívida consolidada líquida maior que a receita corrente líquida.

Além dessa notícia, o governo descobriu que o déficit fiscal de 2019 será de R$ 5,731 bilhões, ou seja, a diferença entre a receita projetada (R$ 18,080 bilhões), as despesas fixas deste ano (R$ 21,580 bilhões), mais os restos a pagar herdados de 2018, segundo revelou o governador Ronaldo Caiado (DEM) em entrevista exclusiva à Rádio Sagres na sexta-feira (18).

Diante desses fatos, o governador admitiu um plano B para o ajuste fiscal. Diz que negociará um “meio termo” com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele também negocia com os servidores públicos o pagamento da folha atrasada de dezembro.

Outro assunto deste podcast é o momento histórico da carreira do prefeito Iris Rezende. Ele afirmou nesta semana que não participará da disputa entre o deputado federal Daniel Vilela e o prefeito de Catalão, representando os prefeitos emedebistas que apoiaram a eleição de Caiado, pelo comando do diretório regional. Iris já tinha dito que não se candidatará à reeleição, agora afirma que não quer tomar partido na disputa. Assim ele vai construindo gradualmente o encerramento de sua carreira política e entrega o MDB às novas gerações.