Prefeito de Pontalina, Milton Ricardo de Paiva, em entrevista à Sagres 730 (Foto: Rafael Bessa / Sagres Online)

Em entrevista à Sagres 730, o prefeito de Pontalina, Milton Ricardo de Paiva, afirmou que os danos sofridos pelo município, no último sábado (4), não foi em decorrência do rompimento de uma barragem, mas sim por causa do grande volume de chuva que ocorreu na cidade. “Quando as casas foram danificadas, que estão interditadas, inclusive uma residência foi arrastada pela correnteza, a represa não tinha rompido”, afirma.

Por recomendação da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, quatro casas foram interditadas, pois apresentavam riscos de deslizamento. Milton Ricardo informou que a prefeitura alugou residências para as pessoas que ficaram desabrigadas. “Eu, como gestor da cidade, não podia deixar esse povo a mercê, naquele local, correndo risco”, declara.

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O prefeito também afirmou que foram feitos desvios para facilitar a locomoção da população, que ficou prejudicada com a interdição das pontes nas GO-040 e GO-215, feita pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (GoInfra), pelo período de 40 e 15 dias, respectivamente.

Após o levantamento dos danos na parte urbana da cidade, quatro equipes se deslocam para avaliar avarias na zona rural, a fim de ter um apanhado geral da situação do município. “Eu preciso fazer um levantamento geral, na zona rural e na zona urbano, que já foi feito e, se por ventura, houver a necessidade, eu vou procurar os meios, os ministérios, as secretarias aqui em Goiânia, porque é nosso dever procurar eles também”.

O prefeito de Pontalina decretou estado de emergência na cidade, que possui mais três represas sendo monitoradas, pelo risco de rompimento, caso chuvas intensas voltem a castigar o município.

Milton Ricardo detalhou que está fazendo um contrato de locação para os cidadãos que ficaram desabrigados morarem por seis meses e que, após esse prazo, pretende conversar com esses moradores e pensa até em construir uma nova residência para eles. Diante da possibilidade de outras casas cederem, disse que vai tomar providências para evitar esse transtorno.

Durante a entrevista, o prefeito reafirmou várias vezes que o volume inesperado de chuva foi o principal causador dos danos ao município, e não o rompimento da barragem. A prefeitura foca no levantamento de danos na zona rural da cidade e após a conclusão do mapeamento do local, o prefeito vai retirar o decreto de emergência, pois considera que a cidade está com a situação normalizada, não havendo nenhum desabastecimento. “Houve muita distorção, em respeito ao que se passou em Pontalina, hoje está tudo dentro dar normalidade, a prefeitura está trabalhando, eu gosto de desafios, aquilo que tem que fazer, eu luto e faço”, encerra.

Por meio de nota, a respeito dos prejuízos causados dentro da cidade, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informou que será feito um mapeamento da origem da água que danificou imóveis e outros bens materiais, além de uma análise da extensão das perdas para identificar causas e culpados.

Além disso, os técnicos da Semad verificaram a não abertura da descarga de fundo da represa, o que, segundo a pasta, poderia ter evitado o rompimento e amenizado os efeitos da cheia, que foi causada pelo alto volume de chuvas na região. Sobre os danos na estação da Saneago, os técnicos da Semad constataram que a causa foi o volume de chuvas, não havendo ligação direta com o que ocorreu na fazenda São Lourenço das Guarirobas.

*Entrevista conduzida pelo repórter Rafael Bessa e atualizada às 9h25 de 08/01/2020 com nota da Semad