Depois de derrotar o Libertad pela terceira rodada do Grupo F da Copa Sul-Americana, a delegação do Atlético-GO recebeu, em Assunção no Paraguai, a primeira dose da vacina contra a Covid-19. A situação gerou repercussão no meio esportivo e o clube recebeu o rótulo de fura fila. Em entrevista à repórter da Sagres, Nathália Freitas, no aeroporto de Goiânia, o presidente do ACG, Adson Batista, rebateu as críticas e disse que discurso é “sensacionalismo”.

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“Quem fala em furar fila é sensacionalista. Nós somos pessoas que não vamos transmitir o vírus. A vacina está no Paraguai. Nós não gastamos nenhum centavo do governo brasileiro. Se a gente não usasse essa vacina, ela jamais viria para o Brasil. Como que furou fila? Furar fila é um termo irresponsável, de pessoas que querem jogar pra galera e conversar coisas sem fundamento. O Atlético em momento nenhum furou fila. Apenas aceitou uma vacina que não é do Brasil”, justificou Adson.

As vacinas aplicadas nos jogadores foram doadas à Conmebol pelo laboratório da SinoVac. A Entidade pretende vacinar profissionais das equipes envolvidas na Libertadores e na Sul-Americana, primeiras divisões nacionais, além de seleções que disputarão a Copa América. No Brasil, A CBF precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para receber as doses.

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, disse nas redes sociais que a ação visa tornar o futebol mais seguro. “Durante esta noite serão vacinados contra COVID-19, na sede de @CONMEBOL, os jogadores da equipe Atlético Goianiense @ACGOficial entre outros. Os primeiros já chegaram! Estamos juntos para tornar o nosso futebol mais seguro!”

Sobre como o Atlético vai lidar com as críticas, Adson afirmou que o clube é exemplo. Inclusive, na entrevista à Nathália Freitas, o presidente do Dragão citou a contratação do goleiro Jean, que também gerou polêmica no início do ano passado. “Muita gente queria ter contratado o Jean e não teve coragem. O Atlético tem coragem, convicção. O Atlético faz as coisas com seriedade. Quem fala esse tipo de coisa é porque morre de dor de cotovelo e queria estar no nosso lugar. Nós não criamos nenhum problema para os mais necessitados. Não usamos dinheiro do governo brasileiro. Isso é conversa de gente que não tem o que fazer. Nós não vamos nos preocupar com isso. Seria ótimo se pudéssemos doar mais vacinas para quem precisa”, argumentou.

Adson Batista ainda afirmou que ainda não sabe onde o elenco rubro-negro tomará a segunda dose da vacina. De acordo com o dirigente, foram disponibilizadas 70 doses para a delegação rubro-negra, 44 delas foram aplicadas na noite desta quinta-feira.

O presidente do clube publicou o momento em que é imunizado nas redes sociais: