Em entrevista ao repórter da Rádio 730, Juliano Moreira, o presidente do Treze-PR, Fábio Azevedo garantiu que o clube tem o direito de disputar a Série C do Brasileirão e por isso vai continuar lutando pela vaga, sem medo de retaliação por parte da CBF e da FIFA. “Esta vaga pertence ao Treze por direito”, destacou.

 

O Treze-PR briga na justiça comum por uma vaga na Série C, assim como o Brasil de Pelotas-RS e por isso as séries C e D estão suspensas por tempo indeterminado. O Treze reclama vaga, pois conseguiu melhor classificação na Série D, entretanto, um acordo com a CBF garantiu o Rio Branco-AC na disputa, apesar do time ter sido punido com rebaixamento.

 

“A CBF fez este acordo e divulgou a tabela com o Rio Branco, fomos ao STJD e perdemos, pois eles não iriam julgar contra eles mesmo, já que participaram do acordo, quando foram esgotadas todas as instâncias nós entramos na Justiça comum. A constituição nos dá este direito”, explicou Fábio. “O governo do Estado do Acre assina um acordo com a CBF para que o Rio Branco participe da competição. Este acordo é totalmente ilegal, nulo de pleno direito”, completou.

De acordo com o presidente do Treze, o clube conseguiu uma liminar que obriga a CBF a colocar o time na Série C de 2012. Fabio Azevedo não teme retaliação da FIFA, com possível desfiliamento, pois ele garante que o clube está agindo de acordo com a Constituição Brasileira e com o estatuto da FIFA. “O clube está obedecendo a Constituição do país e o país é soberano. Está obedecendo o próprio estatuto da FIFA que prevê que esgotadas todas as instancias esportivas, o clube pode ir para justiça comum”, destacou.

Outro processo

A reportagem da Rádio 730 tentou entrar em contato com representantes do Brasil de Pelotas-RS, mas não houve retorno. Entretanto, o repórter Vinícius Moura entrevistou o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelleto que revelou que o time não deve desistir da ação na justiça. “Acho muito difícil eles tirarem este processo”, destacou.

Novelleto confirmou que a federação foi contra a decisão do time, que reivindica, na justiça comum, vaga na Série C. Em 2011, o time se manteve na Série C, entretanto foi punido, pelo STJD, com o rebaixamento para Série D por ter escalado um jogador irregular na primeira rodada. Com isso, o Santo André, que havia sido rebaixado, continuou na Série C.

Apesar de não concordar com a decisão do clube, Novelleto defendeu o Brasil de Pelotas. Para ele, houve uma falha de comunicação entre a CBF e o STJD, que não deixaram claro que o jogador não estaria apto a jogar. “O Brasil de Pelotas não tinha como adivinhar que o atleta estava com esta punição”, comentou.

STJD

O presidente do STJD, Rubens Aprobatto, em entrevista ao repórter Juliano Moreira, confirmou que enquanto houver processos na justiça comum os campeonatos séries C e D não poderão ter inicio.

“Causa um mal estar, é impossível começar um campeonato desta forma, porque se amanhã mudam as decisões judiciais e tem que começar tudo de novo, se anula tudo. As medidas que vieram na justiça, são medidas liminares, ou seja, cabem recurso”, comentou.

O presidente acredita que a melhor solução é os clubes entrarem em acordo, pois os processos na justiça são muito demorados. “Se tiver uma decisão entre os clubes, ou outras medidas mais rigorosas por parte da CBF, ou a certeza de uma decisão judicial, em que ninguém recorra, aí sim poderá começar o campeonato”, ressaltou.