A Conmebol divulgou na noite da última segunda-feira (30) a tabela detalha das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Um dos representantes brasileiros na competição, o Atlético Goianiense enfrentará o Olímpia, do Paraguai, no jogo da ida em Assunção, no dia 30 de junho, às 21h30, no Estádio Defensores Del Chaco. a partida da volta acontece no dia 07 de julho, às 21h30, ainda com local indefinido, mesmo com a entidade confirmando o Estádio Serra Dourada.

Em entrevista coletiva após o empate com o Internacional pelo Campeonato Brasileiro, o presidente Adson Batista ainda não garantiu que a decisão acontecerá em Goiânia. Segundo Adson, o clube cadastrou três estádios na Conmebol no começou do torneio -Antônio Accioly, Olímpico e Serra Dourada- e apenas o último tem capacidade superior a 20 mil torcedores, como pede o regulamento, por isso a praça esportiva apareceu na tabela.

“Nós indicamos os possíveis estádios no início da competição, então a Conmebol não sabe como está o Serra Dourada. Nós queremos jogar em Goiânia, não tenha dúvida disso, então vamos fazer uma visita o mais rápido possível na Conmebol e solicitar uma vistoria”, afirmou o dirigente rubro-negro.

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De acordo com ele, como a Conmebol não tem conhecimento das reformas do Serra Dourada e da estrutura atual do maior palco do futebol goiano, ainda há um receio com a quantidade de multas que o clube poderá pagar. Uma delas pela iluminação, já que a exigência é de 1200 lux e a praça esportiva tem apenas 850.

“O estádio tem espaço para fazer duas salas de imprensa, que é uma exigência. Se não, não vamos ter dinheiro para pagar as multas porque só ganha dinheiro se classificar. Precisamos de um planejamento e eu não posso colocar o clube em dificuldade financeira. Mas acredito que esse jogo é muito importante para a nossa cidade, para o nosso Estado e eu espero o bom senso para fazermos um grande evento. Se tiver boa vontade e bom senso, eu vejo com grande possibilidade”, cobrou Adson Batista.

Serra Dourada (Foto: Nathália Freitas/Sagres On)

Para o presidente do Dragão, o intervalo de mais de um mês até o jogo é suficiente para que Atlético-GO e Estado, junto, criem situações provisórias que coloquem o Serra Dourada apto para receber a Sul-Americana. Na visão dele, é um momento histórico não só para o clube, mas também para o esporte goiano.

“Também quero pedir ao governador (Ronaldo Caiado) através do Secretário de Esportes do Estado de Goiás, Henderson Rodrigues, para que a gente possa ter apoio. Tenho visto alguns vídeos de vazamento de água, questão dos banheiros, mas se o Estado quiser nos ajudar, tem tempo hábil. Não é para fazer reforma, quebrar tudo, isso é impossível. O Estado tem estrutura para nos ajudar nessa improvisação, talvez montar algumas estruturas móveis que possam ter uma adaptação para esse jogo”, sugeriu.

Em entrevista à Sagres no último domingo (29) durante a partida entre Vila Nova e Grêmio no próprio Serra Dourada pela Série B do Campeonato Brasileiro, o Secretário de Estado de Esportes e Lazer de Goiás, Henderson Rodrigues, afirmou que a secretaria ainda não foi procurada pelo rubro-negro para a utilização do estádio.

Por fim, Adson Batista reiterou o desejo de que a partida contra o Olímpia não saia da capital e confirmou a ida ao Paraguai para solicitar a Conmebol uma vistoria no Serra Dourada e também uma consulta ao Estádio Antônio Accioly. Ao passo que atende as demais exigências da competição, a praça esportiva do bairro de Campinas só comporta 12.500 torcedores.

“Primeiro vamos tentar o Serra Dourada, que vai evitar nós sermos multados se conseguirmos eliminar esses problemas. Segundo, vou também tentar, mesmo pagando multa, jogar no Antônio Accioly. No entanto, são questão que vamos avaliar todas as possibilidades possíveis para jogar em Goiânia”, concluiu.