Quem foi ao mercado nos últimos dias viu uma grande diferença nos preços dos produtos. De acordo com pesquisas do Procon Municipal, a cesta básica que custava em média R$431 teve um aumento e hoje é encontrada por R$446.

Em entrevista ao repórter Rafael Bessa, da Sagres 730, o superintendente do Procon, Walter Silva, disse que o órgão aumentou a frequência das pesquisas em combate a irregularidades dos aumentos nos supermercados. Segundo ele, as visitas aos estabelecimentos são realizadas trimestralmente, mas por conta da pandemia essa frequência aumentou.

“Nós estamos fazendo um monitoramento em tempo de pandemia, daí a mudança no comportamento com relação a pesquisa da cesta básica. É exatamente para estabelecer um monitoramento para evitar a prática do abuso de preço”.

O superintendente destacou os fatores que influenciam na diferença de preço encontrada nas cestas básicas. “Nessa pesquisa vimos que alguns fatores contribuíram diretamente nessa modificação no preço de julho para quase 4% a mais no preço da cesta básica”, conta. “Um desses fatores é o dólar, que está bastante convidativo para exportação”, exlpica.

Além disso, a quebra da safra no Sul, ocorrida pela seca, influenciou muito no Paraná e Rio Grande do Sul. As regiões são grandes produtoras de arroz, leite e trigo. “Isso tudo vai formando uma cadeia que vai alastrando e influenciando nos componentes das cestas básicas”, pontua Walter.

O tomate, por exemplo, encareceu muito e de acordo com a pesquisa, em alguns lugares ele teve um aumento de quase 500%. Sobre essa grande diferença, Walter Silva lembra que o consumidor pode ajudar no combate aos aumentos abusivos.

“O consumidor é o fiscal mais eficiente que nós temos, porque ele está na linha de frente comprando os produtos. Assim, ele pode nos ajudar de sobremaneira”.

*Reportagem de Rafael Bessa