O isolamento social é uma das medidas para o combate à disseminação da pandemia do coronavírus (Covid-19). A medida fez com que os cidadãos evitassem aglomerações e, com isso, shows e eventos culturais que reúnem grande quantidade de pessoas tiveram de ser cancelados, inclusive o Bananada, para evitar a transmissão da doença.

O Tom Maior desta quarta-feira (3), na SagresTV, convidou o produtor executivo, empresário, comunicador e Dj, Lucas Manga, para conversar sobre a situação da produção cultural, eventos e entretenimento em meio à pandemia.

Como está sendo olhar para a produção cultural dos eventos de entretenimento, que segundo especialistas, serão os últimos a voltarem ao normal?

Tem sido muito complicado, ainda mais porque eu estou vivendo alguns lados deste mesmo negócio que é o entretenimento, que está no final da lista para a reabertura. Nós temos um bar que também é uma casa noturna e está nesta mesma situação. Entendemos que é impossível nesta nova realidade promover os nossos negócios da forma como promovíamos sem uma perspectiva de vacina, ou sem, pelo menos um teste em menor escala de protocolo e comportamento de público. Eu acredito que ninguém em sã consciência quer se tornar um agente de contaminação para espalhar esse vírus.

Quais são os planos para futuro do festival Bananada?

Como pessoas que respeitam o espaço um do outro, nós não poderíamos promover uma aglomeração desse tamanho. Em pequeno e médio prazo, uma coisa que a gente tem feito é tentado manter o Bananada como uma ferramenta, como instrumento de cultura. Independente da relação física ou remota, está oferecendo conteúdos e oferecendo vários shows para que o nosso público de alguma forma seja compilado com o nosso conteúdo. A curtíssimo prazo como ferramenta de captação de doações para pessoas que estão em uma situação bem mais complicada que a nossa.

Nós não conseguimos planejar muito, estamos apenas reagindo, mas ao mesmo tempo eu sinto que a cultura tem um papel muito importante, de trazer um afago e fazer um carinho na alma da gente. Quanto a planos para o futuro é muito difícil pensar nisso, mas eu sou muito otimista com todo este mercado de lives e essa nova forma que estamos nos comunicando.

Você falou da questão das lives e hoje vemos diversas novas formas de fazer cultura em tempos de isolamento social. Você acredita que dá para voltar a ser como era antes depois que o coronavírus acabar?

Eu acredito que nunca se tenha tido tanta clareza sobre como nós podemos afetar um ao outro. Os comportamentos vão ser muito bem redesenhados em torno disso.  Então, ao mesmo tempo que eu conheço uma pessoa que eu gosto muito e vou ter essa tranquilidade em abraçá-la, após uma cura ou a vacina, eu terei muito mais cuidado com o toque em uma pessoa que eu não conheço. Acredito que de forma bem humana, a gente conseguiria e consegue resolver isso sem perder o calor do outro. Eu acho que uma das principais razões da gente ter esperança de uma vacina é saber que os nossos contatos vão ser restabelecidos.

Confira a entrevista na íntegra com Lucas Manga no programa Tom Maior