O Projeto Albatroz inaugurou seu primeiro Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. O objetivo principal é promover a disseminação da cultura oceânica e o desenvolvimento da educação ambiental marinha para diversos públicos, incluindo crianças, jovens, educadores, pescadores e turistas da Região dos Lagos.

O centro oferecerá aos visitantes uma experiência imersiva no ecossistema marinho e costeiro, fornecendo informações e imagens sobre a biologia e as características dos albatrozes e petréis, que são as aves mais ameaçadas do planeta.

Tatiana Neves, fundadora e coordenadora geral do Projeto Albatroz, expressou sua alegria com a concretização desse projeto que começou há mais de 30 anos. “Ao fundar o Projeto Albatroz, em 1990, meu sonho era aproximar essas aves que vivem em alto-mar do público para salvá-las, e uma parte fundamental disso é a sensibilização em prol da conservação marinha. O Centro Albatroz oferece ferramentas que envolvem os visitantes neste universo”, explica.

Visitação

O espaço do centro será utilizado para exposições, oficinas e atividades educativas e culturais, envolvendo tanto a comunidade local quanto os turistas da Região dos Lagos no tema da conservação costeira e marinha. Além disso, as atividades terão um enfoque socioambiental, incluindo a participação da comunidade em ações de capacitação profissional e na promoção de renda alternativa na região.

Cabo Frio foi escolhida estrategicamente para abrigar o centro devido à sua importância como área pesqueira e sua riqueza oceanográfica, o que torna possível a observação dessas aves pelágicas, como os albatrozes, mais facilmente do que em qualquer outra região do país.

“É uma cidade linda e muito importante para o nosso trabalho, tanto do ponto de vista pesqueiro quanto turístico. Com um centro de visitantes, temos a possibilidade de levar a mensagem da importância da conservação ambiental marinha para um público mais diverso”, afirma.

Educação Ambiental

O Centro de Educação Ambiental Marinha do Projeto Albatroz, localizado em uma área de mais de 18 mil m² próxima ao Parque Ecológico Municipal Dormitório das Garças e à Lagoa de Araruama, oferecerá áreas de recreação, pavilhões de exposição, salas para aulas e oficinas, bem como uma trilha autoguiada pelo mangue, permitindo que os visitantes explorem a região da lagoa e conheçam sua fauna e flora.

Uma das atrações destacadas é a ossada de uma baleia-jubarte doada ao projeto pelo Instituto Orca, especializado em resgate e manejo de cetáceos. A limpeza, restauração, montagem e finalização da ossada foram realizadas pelo biólogo especialista em osteomontagem, Antônio Carlos Amâncio.

O artista plástico Alexandre Huber, parceiro de longa data do Projeto Albatroz, contribuiu com a criação de painéis especiais para as paredes do centro de visitação, destacando as características marcantes dessas aves e aproximando-as do público.

“Nosso desejo é que o Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha possa contribuir para a comunidade de Cabo Frio e que todos possam se engajar nas nossas atividades, independente da idade, formação ou a proximidade com os temas que envolvem a conservação das aves marinhas. Só temos a agradecer pela forma que a cidade vem nos acolhendo nos últimos dez anos e não vemos a hora de compartilhar esse espaço com todos”, destacou.

Informações

O Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha do Projeto Albatroz está aberto de quinta a domingo, das 13 às 17 horas, e mais informações sobre eventos e excursões podem ser encontradas no site do Instituto.

O Projeto Albatroz, que nasceu em Santos (SP), trabalha desde 1990 pela conservação das espécies de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. O projeto é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental desde 2006.

Mantém uma base avançada de pesquisa na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no campus de Cabo Frio (RJ), desde 2014, ampliando assim suas pesquisas no Porto de Cabo Frio, uma rota importante para várias embarcações de pesca de espinhel, onde albatrozes e petréis interagem e, às vezes, são capturados.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 14 Vida na Água

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