Goiânia sediará a primeira etapa do projeto Meliponizar, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O objetivo da ação é proteger as populações existentes de abelhas nativas sem ferrão, bem como seus habitats. Haverá instalação de um meliponário demonstrativo, uma coleção de colmeias de abelhas sem ferrão de vários tipos.
A estrutura ficará no parque Bernardo Élis, no residencial Celina Park. “Esse meliponário vai abrigar as colônias que são resgatadas dos processos de podas e extirpação de árvores do município de Goiânia”, afirma a gerente de Conservação, Biodiversidade e Fauna da Semad, Inara Carolina de Paula Ribas.
A instalação, no entanto, será no dia 19 de maio, véspera da data em que se celebra o Dia Mundial das Abelhas. Além disso, o meliponário servirá de local para pesquisas científicas, aulas de educação ambiental e divulgação de produtos oriundos da meliponicultura.
O meliponário terá instalação em parceria com a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), responsáveis pelo resgate dos enxames.
Ademais, os servidores destacados pela Semad, Amma e Comurg, para participar do projeto, passarão por oficinas de capacitação e de difusão de práticas de manejo, fortalecimento da cadeia produtiva, profissionalização da atividade e geração de renda. “O intuito é o de fazer com que os criadouros (meliponários) se transformem em atores da conservação da fauna e flora”, diz Inara Carolina.
Espécies
Entre as espécies que poderão ser remanejadas para o meliponário, contudo, estão a Jataí (Tetragonisca angustula), Mandaçaia (Melipona quadrifasciata), Uruçu (Melipona scutellaris) e Tibúia (Melipona fasciculata). A secretária de Estado de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, destaca a importância das abelhas sem ferrão para o equilíbrio ambiental. “Elas são os mais importantes polinizadores nativos e, portanto, exercem papel fundamental na manutenção da biodiversidade”, avalia.
Segundo a Semad, a verba para custeio do projeto Meliponizar virão de compensação ambiental. O instrumento impõe aos empreendimentos causadores de significativo impacto ambiental o dever de destinar recursos financeiros para apoiar a reparação de danos decorrentes de impacto ambiental não mitigável ou para criação e manutenção de unidades de conservação em Goiás, de acordo com a lei 14.247/2002.
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