A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), apresentou nesta terça-feira (1) uma quadrilha responsável por causa prejuízos milionários por meio da aplicação do golpe conhecido como “arara”. Os suspeitos foram capturados nos estados do Paraná (PR) e Santa Catarina (SC), no sul do País.

A partir da aquisição de empresas e da transferência de sua propriedade para laranjas, o grupo inicia várias negociações, centradas na compra de produtos, os quais jamais são pagos, como explica a chefe do Grupo de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (Gref), Mayana Rezende.

“Essa associação criminosa se instalou em Goiânia em setembro de 2015, alugaram uma chácar de bastante ostentação em Aparecida de Goiânia, adquiriram duas empresas, sendo uma vidraçaria e outra de calçados, e a partir daí começou uma série de golpes. Passaram a adquirir todo tipo de objeto, desde lancha, caminhões, motos, joias”, enumera.

Segundo as investigações, os objetos foram adquiridos em um período de quatro meses e depois armazenados em um galpão na Avenida Goiás Norte. No último mês de janeiro, a quadrilha saiu do estado de Goiás e deixou pendentes as aquisições feitas junto aos fornecedores.

Foram presos nos estados do PR e de SC, Robson Carlos Rabelo, 33 anos, e Márcio de Almeida, de 38, identificados como os “cabeças” da quadrilha, além de Carla Luciene Militão Haag e Odair Pedro da Silva, ambos de 43 anos. As duas mulheres seriam laranjas da operação, ou seja, emprestavam o nome para a aplicação do golpe. Outras duas pessoas, Nereide Pereira da Silva e Wigma Oliveira da Silva estão foragidas.

A delegada explica o que levou a quadrilha a comprar as empresas na capital goiana, para que o golpe fosse aplicado. “Buscaram as empresas em um site de vendas uma que tinha uma certa credibilidade no mercado, a vidraçaria tinha seis anos e a de calçados dez anos de mercado, acharam o preço atrativo, compraram e começaram a aplicar os golpes”, esclarece.

Um dos suspeitos já possui uma extensa ficha criminal, inclusive por compra de uma mercearia na cidade paranaense de Londrina para aplicar o mesmo golpe da “arara”. Os suspeitos são também donos de uma academia em Joinville, no litoral norte catarinense, avaliada em R$ 2 milhões. As investigações apontam que o grupo se preparava para abrir uma filial em Uberlândia-MG. O prejuízo estimado causado pelos criminosos é de R$ 1 milhão.

Com informações do repórter Jerônimo Junio

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