Neste domingo (29) ocorrerão em várias cidades do país, inclusive em Goiânia, manifestações em defesa da liberação da fosfoetanolamina, conhecida popularmente como pílula do câncer. O ato está sendo organizado por meio das redes sociais.

No último dia 19, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a lei que autoriza a produção da pílula, acatando a um pedido feito pela Associação Médica Brasileira (AMB) para cancelar os efeitos da lei aprovada pelo Congresso no final de março e sancionada pela presidente afastada da República Dilma Rousseff em 14 de abril. A líder do movimento nacional, Polyana Borges, fala como tem sido a luta desde que foi divulgada a decisão do Supremo.

“Goiás vai estar nas manifestação pela liberação da fosfoetanolamina sintética. Lembrando que o nosso movimento, a nossa causa, é justa, é pelo direito de viver. Os pacientes e as pessoas que têm câncer têm o direito de lutar pela vida delas, têm o direito de pelo menos tentar. Não estamos falando que (a pílula) cura, mas temos o direito de tentar essa substância que é utilizada há mais de 20 anos”, ressalta.

A líder destaca que, em todo o país, fazem parte do movimento cerca de 100 mil pessoas. Somente no grupo administrado por ela, já são mais de 25 mil. No estado de Goiás, Polyana acredita que existam entre 3 e 4 mil participantes. Ela explica quem o protesto pretende atingir neste domingo (29).

“Nós queremos sensibilizar o STF. Nós precisamos do apoio dos ministros do STF. No julgamento foram 6 votos contra e 4 a favor, nós temos que reverter isso. Votaram parcialmente a favor da ‘fosfo’. O que nós vamos fazer? Movimento em todo o Brasil”, garante.

Apesar de comandar a luta pela liberação da produção da pílula contra o câncer, Polyana Borges salienta que o medicamento nunca poderá substituir as técnicas de tratamento já existentes contra a doença.

“Jamais vi ou ouvi os pesquisadores dizendo que é para abandonar o tratamento convencional. Pelo contrário. Faça o seu tratamento normalmente. Até mesmo porque a fosfoetanolamina pode ser usada juntamente com a quimioterapia”, conclui.

Na capital goiana, o protesto está marcado para ter início às 14h, no Parque Vaca Brava, no Setor Bueno.

Com informações da repórter Bruna Moreira