Sagres em OFF
Rubens Salomão

Relator na Câmara trabalha para retirar mudanças do Senado no Ensino Médio

O relator do projeto que define o novo Ensino Médio na Câmara, o deputado federal Mendonça Filho (União-PE), garantiu trabalhar para derrubar as alterações que tiveram efetivação pelo Senado. O parlamentar pretende retirar mudanças e reestabelecer o acordo entre governo e o colégio de líderes, que teve consolidação quando a matéria passou pela Casa, inclusive em reunião com o ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL).

“Respeitando as contribuições do Senado, vou trabalhar para preservar o acordo que foi feito com muito esforço de todas as partes e envolveu os secretários de educação, o ministério e a oposição. Ele tecnicamente agrada bastante e acho que a tradição da Câmara fará cumprir o acordo”, definiu Mendonça, ao jornal O Globo, com a expectativa de que a apreciação para retirar mudanças do texto ocorra no início de julho.

Ainda antes da aprovação no Senado, o governo articulou e conseguiu garantir 2,4 mil horas para as disciplinas tradicionais. Dorinha chegou a incluir previsão de apenas 2,2 mil horas, mas atendeu aos pedidos do governo. Os senadores, no entanto, efetivaram uma série de mudanças. Como a instituição do Espanhol como disciplina obrigatória, e o que Enem terá como base apenas a formação geral básica.

retirar mudanças NOVO ENSINO MÉDIO MENDONÇA FILHO
Foto: Relator do projeto que altera o novo ensino médio, Mendonça Filho, em discurso no plenário. Ele foi ministro da Educação no governo de Michel Temer. (Crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Retirar mudanças

Outras alterações incluem a restrição da regra de notório saber, que passará a se dar em “caráter excepcional e mediante justificativa do sistema de ensino”. “Conforme regulamentação do Conselho Nacional de Educação e respectivo Conselho Estadual de Educação”. O Senado ainda mudou a norma do EaD definindo apenas “casos de excepcionalidade emergencial temporária reconhecida pelas autoridades competente”.

Extraescolar

Os senadores também restringiram a regra de aproveitamento de atividades extraescolares tirando grêmios, cursos de qualificação profissional e trabalhos voluntários. Assim, ficaram apenas estágio, aprendizagem profissional, iniciação científica e extensão universitária.

Ensino técnico

Outra mudança é para os alunos do ensino técnico. A relatora propõe que a carga horária de formação geral básica dessa modalidade cresça a partir de 2025 para no mínimo 2,2 mil horas. Com possibilidade de aproveitamento integrado de 200 e 400 horas do tempo dos itinerários nas disciplinas tradicionais.

Carga horária

A partir de 2029, a carga horária total do ensino médio precisaria crescer para esses estudantes, passando de 3 mil horas para 3,2 mil, 3,4 mil e 3,6 mil horas, a depender dos cursos. Nesse formato, o estudante cursaria 2,4 mil horas de formação geral básica mais 800, 1 mil ou 1,2 mil horas de cursos técnicos. Segundo Dorinha, 70% dos cursos técnicos no Brasil possuem entre 1 mil e 1,2 mil horas.

Articulação

Na Câmara, o ministro da Educação, Camilo Santana, chegou a um acordo com o relator, deputado Mendonça Filho (União-PE). Mas só depois de passar por embates com o parlamentar, que foi ministro da Educação do governo Temer e responsável pelo projeto que levou ao modelo adotado atualmente.

Leia mais da Sagres Em OFF:

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)ODS 04  Educação de Qualidade; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

Mais Lidas:

Sagres Online
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.