De acordo com os dados divulgados pelo Mapbiomas na segunda-feira (12), houve uma diminuição de 2% no desmatamento em Goiás no ano passado em comparação com 2021. Além disso, nenhum município goiano está entre os 50 que mais desmataram.

No entanto, o desmatamento no Cerrado brasileiro como um todo aumentou 31,2%. Isso se deve principalmente à região do Cerrado Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Em três desses estados, o desmatamento avançou significativamente, com aumento de 48% na Bahia, 116% no Piauí e 31% no Tocantins. O Mapbiomas constatou que 26,3% da área desmatada no país está localizada no Matopiba.

Esses números fazem parte do Relatório Anual do Desmatamento (RAD) no Brasil, com base na validação, refinamento e geração de laudos para cada alerta de desmatamento detectado ao longo do ano.

De acordo com o RAD, houve um aumento na supressão ilegal de vegetação em todos os biomas, com exceção da Mata Atlântica, que apresentou uma diminuição de 0,6%. O estudo traz números preocupantes para a Amazônia (19%), Caatinga (22%), Pampa (27,2%) e Pantanal (4,4%).

Fiscalização

Segundo a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, o desmatamento em Goiás diminuiu devido a dois fatores principais. Em primeiro lugar, a fiscalização se tornou mais eficiente, o que permitiu uma maior detecção e punição das infrações ambientais. Em segundo lugar, o processo de análise de pedidos de supressão legal e monitorada de vegetação foi agilizado, convencendo mais produtores a respeitar a legislação ambiental.

Ainda conforme a pasta, o número de autuações emitidas pela Semad por desmatamento teve um aumento significativo ao longo dos anos. Em 2018, foram registrados 6,2 mil hectares de autuações, que subiram para 16 mil em 2019, o primeiro ano do atual governo. Em 2020, o número aumentou para 18 mil, chegando a 32 mil em 2021 e 64 mil em 2022. Até maio deste ano, a área desmatada submetida a autuação já havia ultrapassado 18 mil hectares. O número de autos emitidos também aumentou, passando de 534 em 2020 para 1.363 em 2022.

Além disso, a quantidade de licenças emitidas pela Semad para a supressão de vegetação, seguindo as determinações da legislação ambiental e com monitoramento adequado, teve um aumento expressivo. Em 2018, foram expedidas 1,4 mil autorizações, que subiram para 27 mil em 2022. Essas licenças, segundo a Semad, garantem que o manejo da vegetação seja feito de forma controlada e sustentável.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis e ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática

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