O documentário produzido pelo cineasta Carlos Pronzato reune professores, alunos e representantes de movimentos estudantis que defendem a revogação da Lei 13.415, que institui um novo modelo para a última etapa da Educação Básica. As mudanças começaram em 2022.

“Ele é impossível de ser implementada na sua totalidade”, afirmou um dos entrevistados, o professor da Faculdade de Educação da USP, Daniel Cara.

“Essa reforma foi feita por pessoas que não sabem o número de escolas que o Brasil tem, nem a quantidade de salas de aulas disponíveis para implementar os itinerários formativos”, destacou.

Itinerários formativos

Os itinerários formativos aparecem como um dos pontos que mais geram debates relacionados ao novo modelo. Na prática, trata-se de disciplinas escolhidas pelos estudantes, para a composiçao do tempo total da carga horária de estudos.

No entanto, defensores da revogação do Novo Ensino Médio afirmam que grande parte das escolas públicas do país não possuem estrutura física para oferecimento de disciplinas nos moldes propostos. Além disso, reforçam que a diminuição do tempo de disciplinas básicas pode prejudicar a construção do repertório e aprendizagem de estudantes, sobretudo, dos mais pobres.

Durante o documentário, Nita Freire, educadora e viúva do patrono da Educação, Paulo Freire, aparece em uma das cenas.

“Paulo ficaria radicalmente contra. Paulo tem uma teoria de conhecimento humanista, que questiona, que pergunta, que não aceita fórmulas prontas; que cada ser – subjetivamente – tem que procurar o conhecimento ajudado, endossado, pelos seus professores”, afirma.

Assista ao documentário na íntegra:

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 4 – Educação de Qualidade.

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