O deputado federal Rubens Otoni (PT) afirmou, em entrevista à Sagres nesta quarta-feira (26), que não é um dos petistas que condenam a possível indicação do ex-governador Geraldo Alckmin para ser vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, Otoni acredita que essa aliança não está definida e que há outros nomes à disposição de Lula.

“Não condeno, mas não faço defesa porque Alckmin é apenas uma das possibilidades. Várias possibilidades estão sendo construídas, então precisamos ter tranquilidade, equilíbrio e maturidade para, na hora certa e oportuna, avaliar e ver qual mais se adequa ao ponto de vista da construção de federação, das coligações e da governabilidade do possível governo. O momento ainda não é de decisão”, afirmou.

Em entrevista a blogs de esquerda, no dia 10 de janeiro, Lula informou que não busca alianças ideológicas neste momento, e que Alckmin, atualmente sem partido, pode, sim, compor alianças em prol de uma campanha visando a vitória para presidente e projetos estratégicos, como a reforma tributária.

Ouça a entrevista completa:

“Espero que Alckmin esteja junto, sendo vice ou não, porque me parece que ele se decidiu fazer oposição definitiva não apenas ao Bolsonaro, mas ao ‘dorismo’ aqui em São Paulo”, disse Lula. “O PSDB não é o PSDB social-democrata do Mário Covas, do Fernando Henrique Cardoso, do José Serra no período de Constituinte, no tempo do Franco Montoro“, completou.

Conversa com Marconi

Sobre a informação de que Lula teria se reunido com o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), Otoni destacou que o encontro não existiu. “O diálogo sempre pode existir, é importante que existe independente das composições. O que eu disse é que não houve a conversa entre o ex-governador de Goiás e o ex-presidente Lula. O pessoal coloca como fato consumado e depois começa a repercutir”, disse.

Assista à entrevista na íntegra:

Leia mais: