Após um jogador da base do Atlético Clube Goianiense sofrer uma parada cardíaca, a equipe médica do clube explicou os fatos, em coletiva nesta quarta-feira (13/10). De acordo com o chefe do departamento médico do Dragão, Dr. Avimar Teodoro, caso os primeiros socorros demorassem, o atleta poderia ter morrido.

“Se o Dr. Lucas estivesse lá dentro, no banheiro, por exemplo, ela estaria morto. Sorte que o Dr. Lucas estava à beira do campo, junto do jogador, esse foi um dos motivos dele estar vivo hoje”, revelou.

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Apesar do ocorrido, o Dr. Lucas Ricci explicou que os exames não mostraram nenhuma anormalidade no jogador e ele não tinha histórico de problema cardíaco. “De 18 a 35 anos, normalmente a principal causa é uma miocardia hipertrófica, porém a gente faz exames, como o Ecocardiograma, para identificar isso. Mas, ele realmente não tinha nenhum sinal de problema”, afirmou.

Zagueiro Fellipe do Atlético-GO, que teve a parada cardíaca | Foto: Reprodução

A parada cardíaca

Conforme Lucas Ricci, os jogadores treinavam por volta de 11h, última etapa do trabalho, momento em que o zagueiro Fellipe caiu no chão. “Palpei o pulso carotídeo (no pescoço) dele, vi que ele tinha entrado em parada cardiorrespiratória. Então, iniciei as massagens e voltou o pulso dele. Em seguida, para um maior respaldo, eu já quis encaminhá-lo para um lugar onde tem um serviço melhor”, contou.

Depois que Fellipe teve a parada e foi socorrido, Lucas Ricci explicou que encaminharam o jogador ao local mais próximo, o Ciams Urias Magalhães. “Durante o trajeto, então, ele teve outra parada e nós retomamos as massagens e fizemos manobras para abrir a via aérea”, revelou.

Em seguida, no Ciams, o médico afirmou que a equipe no local deu quatro choques no jogador para ele voltar. “Depois de 20 minutos, o pulso retornou e a gente estabilizou, com ele já intubado. Logo depois, esperamos para ser encaminhado ao Hugol com uma ambulância que tem um suporte médico”, destacou.

Médico Lucas Ricci | Foto: Divulgação/Atlético-GO

Suporte jurídico

Por conta da parada, os pais de Fellipe, que não moram em Goiânia, vieram a capital para acompanhar tudo de perto. De acordo com o diretor administrativo do clube e um dos advogados, Dr. Marcos Egídio, o Atlético-GO deu todo o suporte necessário no caso.

“Esse é uma obrigação além de civil e moral. A família já está em contato com a equipe médica e o Atlético vai dar todo o suporte, enquanto necessário e tempo for que eles tiverem que ficar aqui”, salientou.

Junior Kamenach é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com IPHAC e a Faculdade UniAraguaia, sob supervisão do coordenador de esportes Charlie Pereira.