A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), realizou uma pesquisa entre os dias 29 de abril e 06 de maio. A pesquisa apontou que os empresários da capital não aderiram de forma voluntária à recomendação de escalonamento de horários para diminuir as aglomerações no transporte coletivo.

A sugestão da CMTC foi acatada pelo prefeito na semana passada e visa minimizar a aglomeração de usuários em terminais e em pontos de embarque e desembarque, numa ação de combate a propagação do coronavírus (COVID-19).

Segundo a Sedetec, o relatório do estudo foi feito em oito terminais da capital com 2.240 trabalhadores. A pesquisa mostra que cerca de 60% dos estabelecimentos continuam abrindo às 7h ou às 8h, que são os horários normais da cidade. Não há uma divisão entre os cinco horários criados e verificou-se ainda a presença de trabalhadores no transporte coletivo de segmentos que não tem autorização para abrir de acordo com os decretos estadual e municipal publicados com regras de isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus.

O secretário Walison Moreira, da Sedetec afirmou que a intenção da prefeitura, em um primeiro momento, era de recomendar e mostrar a importância de diluir o fluxo no transporte coletivo, mas após pesquisas foi perceptível que apenas cerca de 15% dos empresários entenderam a importância dessa medida. “As pessoas ao não flexibilizarem o horário da empregada doméstica, por exemplo, coloca a própria família em risco e também a profissional”, reforçou Moreira.

De acordo com o estudo 46% dos entrevistados atuam em segmentos que não estão liberados para atuar. Os dados serão levados à próxima reunião do comitê de crise e deverá servir para ajustes no decreto. “Muitos responderam fazer parte do segmento serviços gerais, o que não estava previsto no decreto e será usado por nós para possíveis ajustes no escalonamento, como inclusão de novos segmentos e mudança no horário de entrada”, explicou o secretário, que acredita que poderá ter que mudar a recomendação para determinação.

Fiscalização

Ao determinar, os fiscais da Central de Fiscalização Covid-19 poderão e deverão notificar, multar, interditar, e até mesmo promover denúncia na justiça. “Existem muitas pessoas trabalhando em empresas que não poderiam estar abertas. Essa conclusão precisa de mais análise para comprovação estatística”, apontou um trecho da conclusão do relatório.