Falta pouco para que a logística reversa de embalagens seja implementada em Goiás. Trata-se de um conjunto de processos que garantem o reaproveitamento ou o descarte correto dos resíduos de produtos utilizados pelos consumidores. A secretária estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, está otimista quanto à receptividade da implementação em relação às empresas.

“Vínhamos nos últimos meses negociando com todo o setor empresarial e industrial. Temos acordo e consenso sobre o texto, há um ou outro ponto que ficamos, agora para o final, de harmonizarmos, mas a princípio acreditamos que isso vai funcionar e que vai ser dado início. É um passo importante da economia para a questão da sustentabilidade”, afirma.

Alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 – Consumo e Produção Responsáveis, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), o sistema de logística reversa de embalagens prevê, entre outros aspectos, que todos estão sujeitos às determinações: fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos que, após uso pelo consumidor, gerem embalagens em geral.

“Basicamente o processo da logística reversa envolve responsabilizar aquele que produz a embalagem originariamente pela destinação ambientalmente adequada”, afirma.

Segundo Andréa Vulcanis, entre todos os resíduos, o que mais gera preocupação no estado é o plástico. “Estamos falando das garrafas pet, de produtos plásticos tantos os que são consumidos nas residências hoje que, de fato, se formos ver esses alagamentos pela cidade, como na Marginal Botafogo, boa parte vem de lixo plástico”, analisa.

Ainda de acordo com a titular da Semad, implementar a logística reversa no interior do estado também está entre as preocupações da Pasta. “Em Goiânia essa cadeia já é estruturada, mas nos outros municípios, não. A partir daí se inicia todo um processo de implementação dessas cadeias. Um exemplo é que podem implantar junto aos condomínios a coleta seletiva para que já garantam o cumprimento dessas metas. Isso tudo vai movimentando o mercado a partir da implementação da norma”

Lixo eletrônico

A secretária também foi questionada sobre a destinação do lixo eletrônico em Goiás. “Se tivermos indústrias aqui e montadoras, por exemplo, de equipamentos eletrônicos, elas também são submetidas. Agora, se estas indústrias estão em outros estados, aí são esses outros estados que regulamentam e eles podem fazer a reciclagem aqui em território goiano, a depender da legislação original da indústria onde ela está implantada”, afirma.

Conscientização

“É preciso separar o lixo em casa, não deixar o lixo úmido com o seco, que leva a sacolinha nos condomínios nas lixeiras que separam esse lixo, isso é muito importante. Você não sabem o quanto isso pode promover a economia de Goiás, pessoas vulneráveis que muitas vezes não têm empregos, estão passando fome, podem viver dessa alternativa econômica desde que cada um de nós faça a separação do seu lixo em casa”, conclui Andréa Vulcanis.

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