O professor Arquidones Bites Leão e secretário estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de Goiás foi preso na noite desta segunda-feira (31/5), em Trindade, por se recusar a tirar um adesivo do capô do carro. O adesivo continha a mensagem “Fora Bolsonaro Genocida”. A prisão foi informada pelo irmão dele, Arquivaldo Bites Leão.

Momento em que Arquidones é preso. Foto: reprodução Youtube

O policial militar considerou que Arquidones infringia o artigo 26 da Lei de Segurança Nacional que estabelece: “Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação. Pena: reclusão, de 1 a 4 anos”.

Com base nessa interpretação da LSN, o PM levou Arquidones para uma delegacia de polícia de Trindade, mas o delegado não considerou que houve crime e liberou o petista. A PM então levou o dirigente para a Polícia Federal em Goiânia. Depois de ser ouvido na presença dos advogados, o delegado Franklin Roosevelt decidiu não vai enquadrar o professor de história Arquidones Bites na Lei de Segurança Nacional por não vislumbrar base legal. O professor foi liberado

Um vídeo gravado na sede da PF mostra a chegada do professor na PF. Um dos policiais argumenta que pediu a retirada do adesivo e que, após a recusa, Arquidones o teria xingado. Nesse momento, o secretário contesta a versão e diz que o policial está inventando tal versão. “Eu chamei o Bolsonaro de genocida, mas em momento nenhum eu xinguei a Polícia Militar. Respeito a PM”, disse Arquidones. Ainda durante a gravação do vídeo, Arquidones argumenta que foi agredido.

Confira o vídeo:

A reportagem entrou com contato com a assessoria da Polícia Militar (PM), mas ainda não obteve retorno.