Após retornar aos treinamentos presenciais de forma oficial na última segunda-feira (1), o Atlético Goianiense divulgou que os 55 testes realizados no clube tiveram resultados negativos para a covid-19. Desfecho diferente do Goiás Esporte Clube, que detectou oito infectados nas 60 pessoas examinadas no início desta semana.
Todavia os critérios médicos utilizados pelos dois clubes também são diferenciados. Enquanto o rubro-negro realizou apenas o teste rápido de sorologia, na equipe esmeraldina foram feitos também o PCR, que examina uma secreção retirada da narina e que foi justamente o que detectou os casos positivos na Serrinha.
Um dos médicos do Dragão, Avimar Teodoro reafirmou a segurança nos métodos utilizados pelo clube e evitou comparações com o coirmão Goiás.
“Nós estamos convictos que estamos seguindo todas as normas e que nossos jogadores estão sendo monitorados (…) Nós estamos muito tranquilos quanto ao nosso protocolo e não podemos comparar com o de outro clube. O nosso protocolo nós seguimos rigorosamente dentro do padrão e os nossos atletas chegaram aqui em Goiânia no mínimo dia 20 dias antes”, explicou.
O profissional ainda descartou a utilização de um exame PCR de forma corriqueira, explicando que o método só será adotado em casos específicos. Segundo ele, o monitoramento que o Atlético vem fazendo com seus atletas – que retornaram à Goiânia e ficaram isolados na cidade cerca de três semanas antes do início dos treinos – já garante a segurança do teste sorológico.
“Nós estamos fazendo um monitoramento muito rigoroso. O PCR tem a indicação e se houver a necessidade nós iremos implantar aqui. Por exemplo, se um jogador apresentar um sintoma agora o teste de escolha será o PCR. Nós seguimos a Organização Mundial de Saúde (OMS) e junto com as reuniões que fizemos com a CBF havia infectologista, epidemiologista, uma equipe multiprofissional para criar o protocolo. Então estamos muito seguros com o que foi criado aqui no Atlético”, disse.
Mesmo com a retomada dos treinamentos, ainda não há previsão para o início das competições. Questionado se como médico era à favor do retorno do futebol, Avimar Teodoro analisou de forma positiva.
“Eu voltaria o futebol porque estamos tratando de pessoas que teoricamente não estão no grupo de risco. Quando o atleta chega em um clube, ele passar por uma bateria de exames e é rigorosamente avaliado pela equipe médica e se não tiver problema de saúde não é contratado. Eles estão sendo rigorosamente monitorados e eu falo que eles estão mais seguros vindo aqui para o Atlético do que indo a uma padaria comprar um pão”, pontuou.