Neste ano, as atividades da Semana de Combate à Sífilis Congênita são direcionadas aos homens   A Semana de Combate à Sífilis Congênita – doença transmitida de mãe para filho – será lembrada pela Coordenação DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), neste dia 14, qurta-feira, com realização de aconselhamento e repasse de orientações ao público, em tenda montada na Praça do Bandeirante, no Setor Central. Atendimento, feito por dez profissionais de saúde, ocorrerá das 8 às 12 horas, em parceria com a Sociedade Brasileira de DST.   Neste ano, as atividades da Semana de Combate à Sífilis Congênita são direcionadas aos homens, com estímulo ao aconselhamento em DST (doenças sexualmente transmissíveis) e realização de exame gratuito que detecta a doença. “Uma das dificuldades que enfrentamos para eliminação da sífilis congênita é o tratamento do parceiro da gestante”, afirma responsável pela Coordenação DST/Aids de Goiânia, Rosilene Lara dos Santos.   No município de Goiânia, o Programa de Proteção à Gestante oferece teste de sífilis (VDRL) no primeiro e terceiro trimestre de gestação a todas as mulheres atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), além da realização do exame no momento do parto. O tratamento da doença, nas unidades da rede básica, é gratuito.   A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pelo Treponema pallidum, bactéria causadora da DST. A transmissão se dá através da placenta de uma mulher grávida que esteja infectada pela doença, que é  considerada grave, podendo causar má formação do feto e sérias conseqüências para a saúde da criança ou até a morte.   Sinais  A sífilis pode se manifestar logo após o nascimento ou durante os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida.   Ao nascer, a criança infectada pode apresentar problemas muito sérios, entre eles: pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou retardamento. A doença pode também levar à morte. Há ocorrências em que a criança nasce aparentemente normal e a sífilis se manifesta só mais tarde, após o segundo ano de vida.   No Brasil, a sífilis congênita ainda constitui grave problema de saúde pública com a ocorrência de aborto espontâneo, natimorto e morte perinatal em 40% de crianças infectadas a partir de mães com sífilis não-tratadas. Neste contexto, em outubro de 2007, o Ministério da Saúde lançou oficialmente o Plano Nacional de Redução da Transmissão Vertical da sífilis e do HIV.   O plano, pactuado com os estados e municípios, define metas para redução escalonada e regionalizada das taxas de transmissão mãe-filho da sífilis e do HIV até 2011. Além disso, é definido como o Dia Nacional de Combate a Sífilis Congênita o terceiro sábado de outubro.