A novela sobre as datas para realização das eleições municipais por conta da pandemia pode ter chegado a um fim. O senador Lasier Martins (Podemos-RS) confirmou nesta terça-feira (16) que houve acordo para adiamento das Eleições 2020.

Em vídeo nas redes sociais, o parlamentar disse que, após reunião virtual hoje (16) entre o presidente e vice do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, respectivamente, e da Câmara e do Senado, deputado Rodrigo Maia e senador Davi Alcolumbre, foi informado sobre o adiamento do pleito.

“Fui informado de que o TSE e líderes partidários da Câmara e do Senado decidiram pelo adiamento das eleições municipais deste ano. Em razão da pandemia da Covid-19, era arriscado manter o calendário original. Ficou decidido então que o 1o turno será em 15/11 e o 2o turno em 29/11”, publicou o senador gaúcho.

De acordo com o Lasier Martins, no encontro desta terça-feira (16) no TSE, ficou definido que o pleito ocorrerá integralmente no mês de novembro, incluindo primeiro e segundo turnos.

“O primeiro turno será realizado no dia 15 de novembro, e o segundo turno será realizado no dia 19 de novembro. Com isto, haverá tempo para as campanhas e para o período de transição àqueles que forem os eleitos prefeitos e vereadores. Portanto, resolvida a questão”, afirma o parlamentar no vídeo.

O ministro Barroso já vinha cogitando a mudança de data das eleições neste ano, por causa da pandemia do novo coronavírus. Neste ano, os eleitores escolherão prefeitos e vereadores para a legislatura 2021-2024.

Ontem (15), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Barroso disse que há consenso para a realização do pleito com início em novembro e término em dezembro, e que a alteração da data depende do Congresso Nacional. De acordo com o presidente do TSE, especialistas preveem queda na curva de ascensão da doença no país entre os meses de agosto e setembro, e que portanto haveria possibilidade de realização das eleições na janela entre 15 de novembro e 20 de dezembro.

Em Goiás, a Federação Goiana dos Municípios (FGM), por exemplo, pediu celeridade para a definição sobre as datas das eleições municipais este ano, e defendeu a prorrogação dos mandatos em vez do adiamento do pleito.