Após ser derrotado por 2 x 1 pelo Brasil, em Pelotas, o Goiás anunciou a demissão do técnico Léo Condé. E, na manhã deste sábado, o repórter Pedro Marinho entrevistou o presidente esmeraldino Sérgio Rassi, que abriu o jogo e falou sobre diversos assuntos.

Ouça a entrevista completa do presidente do Goiás:

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Com 27 pontos, a equipe alviverde ocupa a 16ª posição após 23 rodadas e terá uma semana para se preparar antes de voltar a campo. Os próximos jogos serão no Serra Dourada, contra duas equipes que lutam pelo acesso: Ceará, às 18h30 de sábado, dia 10, e Vasco, 21h30 de terça-feira, dia 13. Confira os principais assuntos abordados por Sérgio Rassi:

Revés em Pelotas

 “Infelizmente, mais uma derrota, com contornos dramáticos. Uma falta que inverteram a falta. O jogador nosso, o Willian, que estava na marcação não marcou a bola. O atacante chutou o goleiro ainda tocou e a bola entrou”.

Falhas e motivo da demissão de Condé

“Tivemos oportunidades, quando jogamos com quatro atacantes, praticamente, com o Walter fazendo o pivô, mas estamos errando muito, o que é intolerável, inadmissível, e isso irrita muito a gente. Não tem um culpado só, mas a maneira mais fácil de tentar resolver isso é mudar o comando e estamos agora na busca de um novo treinador. Temos de ter bastante cautela com isso, porque não podemos errar. A coisa está ficando desesperadora”.

Expectativa frustrada após recesso para Olimpíadas

 “Quem tem bola de cristal para saber se vai dar certo ou não vai? Vou usar um time irmão nosso como exemplo. O Atlético foi eliminado da Copa do Brasil, não alcançou nem a final do Goiano, trocou um treinador, contratou poucos jogadores e está aí de vento em poupa, digno dos maiores elogios. No futebol, você passa de vilão para herói, do inferno para o céu, de um dia para o outro. Temos de agir com racionalidade, coerência, boa intenção, honestidade e é isso que a gente faz, mas não tem dado certo”.

“Desde a última partida, aquele empate com o Criciúma, já houve uma insatisfação muito grande com o Léo. Não pelos resultados, porque não nos baseamos apenas em resultados, mas pela apresentação. Avaliamos como o time está evoluindo e isso não vem acontecendo após o recesso. Uma aposta que, infelizmente, nós erramos. Se tivéssemos a certeza que não teria a evolução, teríamos trocado o treinador antes”.

Novo treinador

“Iniciamos o contato com quatro treinadores que estão desempregados e um treinador que está empregado. Estamos fazendo uma análise bem profunda e eu espero que a gente não se decepcione nessa última tentativa. O treinador ideal seria um que tenha experiência, que não seja um treinador novo no mercado, pois não dá para ficar apostando em ninguém. Um treinador que tenha autoridade, principalmente com jogadores mais rodados. Um treinador que prestigie a base, que é nosso encanto maior, e um treinador que tenha um currículo favorável e que queira dirigir o Goiás, pensando em longo prazo, pensando já em 2017, o que não quer dizer que jogamos a toalha, pois temos, sim, a pretensão de subirmos”.

Reestreia de Walter pelo Verdão

“Ele deve ter falado ‘Meu Deus do céu, aonde eu vim parar? Que time horroroso!’ Eu acho que isso é uma questão de tempo e vamos ajustando as peças à medida que seu futebol possa aparecer dentro da magnitude que a gente espera”.

Insatisfação com a escalação

“Não só o Márcio, como o próprio Renan, devem brigar pela titularidade no gol. Temos três grandes goleiros e é uma questão de quem tiver o melhor desempenho nos treinamentos deve ser escalado. Eu estendo o comentário a nossa zaga, que tem esse defeito crônico de falhar nas bola aéreas e acredito que Arthur, David e Felipe (Macedo) estão merecendo uma chance no time titular. E isso vale também para o meio-campo e o ataque, que é um ataque de time que briga por algo mais na Série A”.

Recado ao torcedor

“Em que pese tantos xingamentos e agressões que você recebe no estádio, por mensagens no whatsapp, você fica uma noite sem dormir, como fiquei nessa noite. Mesmo assim, eu peço desculpas ao nosso torcedor, que não merece passar pelo que estou passando. Minha intenção é apenas fazer um Goiás melhor e ocupo essa posição por amor ao clube, mas não tem dado certo. Não tenho intenção política nenhuma e esse cargo não me envaidece. Vamos sair disso, eu tenho certeza. Tenham confiança.

Próximos jogos

“O Goiás faz partidas melhores quando enfrenta times de maior porte e, se Deus quiser, iremos conquistar duas vitórias (Ceará e Vasco) e buscar uma arrancada”.

Estádio Olímpico

“(Só vamos jogar lá) Quando houver uma estabilidade, na tabela e emocional. Nesse momento, qualquer novidade é temerosa, já que o estádio Olímpico é desconhecido para nossos atletas e você não tiraria vantagem diante de outro adversário. Vejo com bons olhos apenas um possível confronto contra o Atlético ou contra o Vila Nova, pois seria uma espécie de campo neutro”.