Servidores da Área Ambiental devem realizar assembleias por local de trabalho em todo o Brasil a partir de segunda-feira (08) para avaliar a nova proposta do governo federal para a carreira. Os novos termos vieram em reunião da mesa específica do setor no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), nesta sexta-feira (05). A última proposta do governo foi rejeitada por maioria dos servidores ambientais e entidades representativas dos servidores apresentaram pontos que deveriam avançar.
Para a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (CONDSEF), alguns pontos avançaram em relação à proposta anterior. Entre eles, o aumento percentual do valor do Vencimento Básico (VB) em comparação à Gratificação de Desempenho (GD). Além disso, a média de recomposição da tabela salarial para todos os níveis gira em torno de 35%.
Os servidores ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizam estado de paralisação desde o início do ano. Além deles, o movimento inclui o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em luta pela reestruturação da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (CEMA). Também há cobranças pelo Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama (PECMA), com equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Servidores ambientais
A reunião desta sexta no MGI concentrou a mobilização da categoria que agora se prepara para analisar e responder em assembleias se aceita ou não os atuais termos do governo. A organização ocorre desde meados de 2023 e os servidores ambientais não descartam a possibilidade de entrar em greve, caso não haja avanços nas negociações.
Amplitude
Os servidores ambientais cuidam de 336 unidades de conservação, ou seja, de mais de 1,7 milhões de quilômetros quadrados de áreas protegidas. Também são os responsáveis pelo monitoramento da biodiversidade, pela elaboração e coordenação de políticas públicas e pesquisas ambientais. Eles dão subsídios para ações como licenciamento e criação de áreas de proteção federal, entre outras ações.
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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática; ODS 15 – Vida na Terra; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.