A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (07) que os funcionários da área ambiental em paralisação têm “consciência” do papel que exercem sobre a agenda do meio ambiente. “Os servidores têm consciência do papel e da responsabilidade que temos em relação a questões importantes e estratégicas da agenda ambiental”, afirmou. A declaração foi dada durante agenda da ministra no Rio de Janeiro.
A paralisação já dura mais de dois meses. No início de janeiro, mais de 1.700 funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinaram uma carta destinada à presidência do órgão. Os servidores informaram que suspenderiam as atividades de fiscalização ambiental. Dias depois, mais de 600 funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aderiram à paralisação.
Segundo a Associação Nacional dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ascema), cerca de 90% dos funcionários de campo aderiram desde janeiro. Funcionários do Ibama e suas entidades representativas cobram do governo melhorias nas condições de trabalho e na remuneração. Durante a mobilização, os trabalhadores se concentram em atividades burocráticas internas.
Servidores
Marina Silva diz que está havendo um “esforço muito grande” por parte do governo para um acordo com os trabalhadores. Segundo ela, a ministra do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, já apresentou uma segunda proposta aos servidores.
Avaliação
“Eu considero que nessa segunda proposta vieram avanços. Ainda precisamos fazer alguns ajustes”, afirmou a ministra. “Estamos trabalhando fortemente para que se encontre um desfecho adequado, de valorização econômica e simbólica da carreira dos servidores”, disse.
Perdas
Mesmo com a paralisação, Marina Silva diz que os funcionários do órgão têm “consciência” de que não se pode ter “qualquer tipo de perda” em áreas estratégicas, como na terra indígena Yanomami.
Paralisação
Em nota nesta semana, a Ascema recusou a última proposta do MGI, que não atendia às demandas dos funcionários. Eles agora buscam a realização de reunião com a ministra Silva. “O argumento recorrente do Ministério foi a questão orçamentária, embora saibamos que há recursos disponíveis, inclusive em caixa, que poderiam ser utilizados para a reestruturação da carreira, sem violar a Lei de Responsabilidade Fiscal”, diz o comunicado.
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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.
