Na última sexta-feira (27) Atlético, Goiás e Vila Nova enviaram ao Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (SINAPEGO) propostas para resolver a situação dos jogadores neste período de paralisação do futebol. A resposta chegou no início desta semana, mas com a negativa por parte do sindicato, e ao contrário do que divulgaram os clubes, com uma contraproposta. Foi o que revelou a advogada do SINAPEGO, Arlete Mesquita.

Arlete Mesquita, advogada do SINAPEGO (Foto: Divulgação)

“Eu falei com um dos advogados, expliquei o que foi apresentado aos atletas e as nossas justificativas, e neste momento estamos aguardando um retorno dos clubes no sentido de acatar ou não a nossa proposta ou então encaminhar uma outra proposta. Entre as cláusulas que os times apresentaram está a redução salarial, o que neste momento não foi aceita pelos atletas. Nós apresentamos uma contraproposta para dialogar isso mais para frente e também outros itens. Os atletas são sensíveis a tudo que está acontecendo e estamos na expectativa de receber um feedback dos clubes a qualquer momento”, explicou à Sagres 730.

Segundo explanou a advogada, o principal desencontro é com a negociação de redução salarial. Os jogadores entendem que esse ponto pode ser discutido posteriormente.

“São vários itens, mas nós queremos discutir essa negociação do salário mais para frente até porque nós estamos no começo da pandemia, podemos ter um retorno breve ou mais alongado. Não é que não queremos colocar esse tema em pauta, queremos sim, mas não nesse momento”, afirmou Arlete.

Ela comentou também a sugestão dos clubes de suspender os contratos dos jogadores a partir de junho caso não haja uma definição sobre retorno das competições. Na visão do sindicato, assim como a redução dos vencimentos mensais, não deve ser analisado agora.

“Os jogadores estão cientes da dificuldade pela qual atravessamos, todavia como vou suspender contrato e deixar atleta de alto rendimento sem renda? O contrato de dos jogadores profissionais é diferenciado porque não bastasse o contrato de trabalho, tem o vínculo federativo e ainda tem os direitos econômicos, e nesses direitos não é só a pessoa física do atleta que está envolvida. É uma relação complexa para em março, que foi quando recebemos o documento, você acatar uma proposta de suspensão, sem salários, a partir de junho. Oferecemos uma contraproposta para resolver a questão de março e abril, e maio vamos reunir e organizar como vai ficar dali para frente”, pontuou.

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