A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) Bia de Lima disse que a categoria reivindica um reajuste salarial acima do que foi divulgado pelo Governo de Goiás. Nesta semana, o governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou que professores e servidores administrativos da Educação terão os vencimentos reajustados em 4,52% (professores/as PI e PII) e 7,2% (PIII, PIV e administrativos), respectivamente.

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“O Sintego está cobrando 22% de reajuste para os professores, 28% de reajuste para os administrativos, e parar de descontar os 14,25% dos aposentados. Devolver a titularidade para os professores, pagar o auxílio-alimentação de R$ 1 mil, e fazer concurso público”, disse a presidente do Sintego. “Ora, para quem está com um prejuízo de 24%, 7,2% você há de convir que não há uma recomposição nem da inflação desse ano, quem dirá da inflação dos anos anteriores”, complementa.

Reforma Administrativa

Na manhã desta quarta-feira (18), o reajuste foi uma das reivindicações da manifestação do Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania em frente à Assembleia Legislativa de Goiás. O protesto também é contra a Reforma Administrativa que tramita no Congresso Nacional.

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Um dos pontos da Reforma Administrativa que não agrada a categoria é o fato de a proposta introduzir na esfera estatal os chamados “instrumentos de cooperação”, que permitem a execução compartilhada dos serviços entre entidades públicas e privadas. Nessa modalidade, União, Distrito Federal, Estados e Municípios ficam autorizados a firmar esse tipo de acordo, inclusive com a divisão da estrutura física e o uso dos recursos humanos.

“Apesar de não serem eles [deputados estaduais] a votarem a matéria, já que ela é na Câmara Federal, cada deputado [estadual] ou deputada [estadual] tem o seu deputado [federal], e pode muito bem ajudar a convencer os deputados a não aprovar essa Reforma Administrativa que é a PEC 32, justamente por causa do prejuízo que ela provocará em meios para toda a população. Não é só para a esfera federal, mas sim para todos os níveis federal, estadual e municipal”, argumenta.

A proposta é assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que alega que a PEC teria o objetivo de minimizar os gastos na administração pública, combater privilégios e “corrigir distorções”.