Continuando na remontagem do elenco para a disputado Campeonato Brasileiro da Série B, após ser rebaixado no Goianão, o Vila Nova dispensou ao fim do estadual cerca de 15 jogadores, dentre eles a contratação mais elogiada do ano: o atacante Soares, ex-Cruzeiro e Fluminense, vice-campeão da Série B de 2013. O atacante fez cinco jogos com a camisa do Tigrão, todos como titular, e marcou um gol.

 

O atacante foi desligado assim como outros jogadores experientes do elenco, como Neto Gaúcho, Osmar e Netinho, este último foi mantido após revisão do departamento de futebol. Lamentando o fato, Soares revela que não esperava sua dispensa: “Realmente não esperava que isso foi acontecer e fiquei bastante surpreso quando me comunicaram. Só tenho a lamentar, esperava ter uma boa sequência no clube e ajudar o Vila a conseguir seus objetivos na Série B”, desabafa.

 

Soares tinha contrato com o Vila até o fim do ano e, por isso, a diretoria teve que negociar sua rescisão com o clube. Porém, ele revela que a proposta feita não está de acordo com a realidade e que  vai acionar o clube na justiça: “As coisas não devem ser conduzidas como estão sendo. Muitos de nós temos contratos de um ou dois anos e a diretoria que pagar somente pelos dias trabalhados. No meu caso eles propuseram um acordo ou nada, aceitei o que eles falaram mas vou brigar pelo resto na justiça. Fiz um contrato e não vou deixar de receber a outra metade, é de direito meu”, detona.  

 

Para ele, o peso do rebaixamento caiu em jogadores que não deveriam ter levado a culpa, já quer participaram apenas das rodadas finais e criticou o planejamento feito para o Goianão: “Estou muito abatido com a notícia, até porque não tive culpa nenhuma no rebaixamento que aconteceu. Quando cheguei aqui a situação já estava dessa maneira e isso deveria ter sido colocado na balança. Além do mais, o que aconteceu já era previsível, não dá para jogar um campeonato profissional com 90% do time sendo garotos. Foi muito mal planejado”.

Assim como Soares, seguiram o mesmo caminho o lateral Boiadeiro, o volante Agenor e o atacante Rico. Todos chegaram na reta final do campeonato e deixaram o clube com apenas algumas partidas realizada. O atacante critica a postura da diretoria e a falta de sensibilidade com esses atletas: “Nós chegamos para ajudar a garotada e parece que não pensaram nisso. Não tínhamos todas as condições para desempenhar nosso bom futebol, é complicado jogar nas situação em que chegamos. Mas o futebol é isso, não dá para esperar muito”, avalia.