O técnico da Ponte Preta, o tetracampeão Jorginho (Foto: Reuters)

Além da classificação em disputa na noite desta quarta-feira (3) no Estádio Aníbal Batista de Toledo, havia um clima tenso entre as duas equipes, e que ficou ainda mais evidente na entrevista do técnico Jorginho, após a derrota da Ponte Preta por 2 a 0 para a Aparecidense.

“Eu vi o treinador deles (Edson Júnior) dizer que eu sou mau-caráter, porque na realidade ele falou que tem um bom caráter e, que se estivesse aqui na Ponte ele pediria demissão. Não existe isso. Fiquei muito triste com uma declaração dessa, que no início me cumprimentou super bem, hoje não veio me cumprimentar. Nenhum jogador da equipe adversária cumprimentou os nossos jogadores, acho que isso foi uma falta de educação enorme”, avalia.

Antes do apito inicial, jogadores da Aparecidense não deram o protocolar aperto de mão aos atletas visitantes, como um sinal de protesto pela anulação da primeira partida, ocorrida em fevereiro. Jorginho reconhece o impedimento de Hugo Cabral naquele jogo, mas diz que o duelo não deveria acontecer de novo.

“A Aparecidense não foi culpada, nem a Ponte foi culpada em relação a isso. O erro maior foi do bandeira, que não marcou o impedimento claríssimo. Só que, após essa situação, não poderia mais ser anulado aquele gol, porque nós somos humanos, nós erramos, como aconteceu com a nossa equipe hoje, que não esteve bem, e por isso perdemos o jogo”, analisa.

Ainda de acordo com Jorginho, na primeira partida, jogadores da Aparecidense e imprensa teriam influenciado a decisão da arbitragem. “O certo não seria ter um outro jogo e sim dado o gol, porque o Nonato foi direto na arbitragem, não deixou a coisa acontecer, os jogadores fizeram uma pressão enorme, e por causa disso, que nós vimos que um representante da imprensa falou para o delegado do jogo que realmente tinha sido impedimento, inclusive falou para mim. Eu vi ele falando com ele, e por causa disso foi anulado o gol. Não tinha VAR, não pode ter interferência externa. É claro, a gente sabia que não foi um gol lícito”, ressalta.

Durante a partida de hoje (3), a Ponte Preta pouco ameaçou o gol da Aparecidense, com exceção dos minutos finais, nos quais o goleiro Wallace foi mais exigido, e a equipe da casa já tinha vantagem de dois gols no placar. Apesar disso, o técnico tetracampeão do mundo com a Seleção Brasileira diz que os atletas não se intimidaram em campo.

“Os jogadores são muito experientes, estão acostumados com adversidades, a questão da torcida aqui. Isso a gente encara, a gente pega Maracanã com 100 mil pessoas. Não é aqui que vai fazer qualquer jogador temer”, conclui.

Fora da Copa do Brasil e também do estadual, a Ponte Preta se prepara agora para o início do Campeonato Brasileiro da Série B.