Um balanço divulgado pelo governo federal por meio da plataforma de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat) e do Observatório da Agropecuária Brasileira mostra que Goiás encerrou 2022 com crescimento expressivo em faturamento e volume de exportações.

Segundo o levantamento, o setor arrecadou US$ 11,7 bilhões em vendas externas, o que representou um aumento de 62,8% na comparação com 2021. Já o volume exportado cresceu 43,6%, atingindo 18 milhões de toneladas. Os números foram divulgados esta semana pelo governo federal.

O complexo soja foi o produto mais comercializado com outros países pelo agro estadual. Com US$ 7,7 bilhões de receita, o item respondeu por 66% de todo o faturamento do setor com as vendas externas. As carnes vieram em segundo lugar, com US$ 2 bilhões. Cereais, farinhas e preparações ficaram na terceira posição, com US$ 947,8 milhões. O complexo sucroalcooleiro ocupou a quarta posição, com US$ 387,3 milhões.

Entre os 10 produtos com maiores arrecadações ficaram ainda: fibras e produtos têxteis (US$ 235,9 milhões); couros, produtos de couro e peleteria (US$ 180,7 milhões); demais produtos de origem animal (US$ 124,5 milhões); café (US$ 53,1 milhões); produtos oleaginosos (US$ 33,9 milhões) e demais produtos de origem vegetal (US$ 25,6 milhões).

O principal cliente do agro goiano foi a China, com US$ 6,2 bilhões em compras. Na segunda posição ficou o Irã, com US$ 420,5 milhões. Indonésia, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Vietnã, Índia, Países Baixos (Holanda) e Bangladesh fecharam o ranking de 10 maiores.

As importações do setor agropecuário estadual, por outro lado, somaram R$ 142,2 milhões, com destaque para cereais, farinhas e preparações (principalmente malte e farinha de trigo); produtos oleaginosos (principalmente óleo de dendê ou palma); lácteos (principalmente leite em pó); demais produtos de origem vegetal e produtos florestais.

Para efeito de comparação, em 2022, a Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado aprovou 1.423 cartas-consulta e autorizou R$ 1,7 bilhão em financiamentos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, em sua modalidade Rural (FCO Rural). Em 2019, foram 362 cartas e R$ 811,9 milhões.

Houve uma revolução em termos de investimentos em infraestrutura, crédito, assistência técnica, regulação e outros fatores que fazem a diferença para quem está lá na ponta, no campo”, argumenta.

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