Sagres em OFF
Rubens Salomão

STF inicia análise sobre taxa do agro em Goiás com divergência entre PGR e AGU

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciam hoje o registro de votos em sessão virtual sobre a cobrança da taxa do agro em Goiás. O julgamento analisa o mérito de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que já recebeu liminar favorável de Dias Toffoli. No início deste mês, o ministro considerou ilegal a vinculação de receita advinda da taxa com o recém-criado Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra).

O governador Ronaldo Caiado (UB) intensificou ontem agenda em Brasília com articulações em torno do julgamento. O foco era finalizar o contato com ministros e apresentar argumentos à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR). Os dois pareceres foram registrados ainda ontem e divergem sobre o tema. O registro de votos por ministros pode ser feito até o próximo dia 24.

A AGU se posicionou a favor da cobrança da taxa do agro, com argumento de que a taxa não pode ser configurada como novo tributo por ter caráter facultativo. Por outro lado, a PGR manifestou pela manutenção da liminar, em documento assinado pelo procurador-geral, Augusto Aras. A avaliação é de que a contribuição representaria “adicional de ICMS” e que a aplicação ocorreu em “indubitável contrariedade ao princípio da anterioridade nonagesimal”.

caiado taxa do agro
Foto: Governador em primeira reunião do Conselho Gestor do Fundeinfra, em Rio Verde. (Crédito: SECOM)

Taxa do agro

Mais da AGU sobre a taxa do agro: “Oferta-se ao contribuinte a opção de efetivar, ou não, o pagamento da contribuição para auferir benefícios fiscais e tratamentos diferenciados no âmbito estadual”. Fica claro, para o órgão, a “facultatividade” da taxa.

Estímulo

“Logo, a contribuição objurgada apresenta-se como estímulo à inserção e manutenção no referido regime especial”. “Não como uma nova exação imposta pelo Poder Público”, argumenta a AGU.

Cargo federal

Ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira (PT), foi nomeado para o cargo de assessor da presidência da Finep. O suplente de deputado federal fica lotado na estatal, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Trabalho

Pelas redes sociais ele disse estar “feliz e honrado” pelo cargo. “É um privilégio trabalhar para que os recursos da fundação fortaleçam às instituições de ensino”. “E para que os resultados dos investimentos em Ciência, Pesquisa e Inovação beneficiem cada vez mais a sociedade”, escreveu Edward.

Segurança escolar

Assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) discute hoje a segurança nas escolas da rede municipal de Goiânia. Encontro da categoria ocorre nesta sexta-feira (14), às 9h, no Cepal do Setor Sul.

Pauta

Professores e servidores técnico-administrativos das escolas municipais também tratarão do piso do magistério 2023. Além disso, entra na pauta a data-base dos servidores, o plano de carreira dos administrativos e a chamada dos aprovados em concurso.

Representante

O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MBD), se reuniu com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em Brasília (DF). Na agenda, o projeto da Reforma Tributária.

Economia

Acompanhado por representantes do setor lácteo goiano, Vilela destacou a importância do segmento para a economia do Estado.

Fortalecer

“Trata-se de um segmento de extrema importância para nossa economia, sobretudo na geração de empregos. Temos que fortalecê-lo e garantir-lhe competitividade. Por isso a relevância deste diálogo com a ministra”, disse o vice-governador.

À Justiça

O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Goiás (Sindipúblico) entrou com ação civil pública contra a mudança de regime jurídico do Ipasgo. A proposta do governo estadual chegou ontem à Alego e teve pedido de vistas na Comissão Mista. [

Argumentos

O sindicato aponta que a mudança de autarquia para Serviço Social Autônomo representa manobra jurídica-legislativa. Os representantes avaliam que o projeto, se aprovado, “afetará diretamente o patrimônio jurídico dos servidores públicos”.

Consequências

O Sindipúblico argumenta ainda que a mudança vai gerar prejuízos aos usuários, principalmente pela regulação da Agência Nacional de Saúde. Além disso, indica que haverá prejuízos para o Estado de Goiás, que deverá constituir garantia financeira para composição da reserva técnica exigida pela ANS.

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