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Por 4 votos a 1, a sexta turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou que o médium João Teixeira de Faria, o “João de Deus”, retorne para a cadeia. Néfi Cordeiro, Saldanha Palheiro, Laurita Vaz e Rogério Scheitti foram os ministros que negaram o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do curador. 

No último dia 22 de março, a Justiça havia autorizado que João Teixeira de Faria fosse transferido para o Instituto de Neurologia de Goiânia, também a pedido da defesa, que alegava risco à vida do médium por conta de seu estado de saúde. 

Na sessão do STJ, apenas o ministro Sebastião Reis Júnior foi a favor da prisão domiciliar de João Teixeira de Faria, com aprovação de medidas cautelares como entrega de passaporte e proibir o médium de deixar o município de Abadiânia. 

Denúncias    

João de Deus foi preso preventivamente em 16 de dezembro, acusado de ter abusado sexualmente de dezenas de frequentadoras do centro espírita fundado por ele em Abadiânia (GO).

Até o momento, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra João de Deus. Na mais recente, apresentada na semana passada, os promotores o acusaram de ter estuprado seis mulheres que não figuram em queixas apresentadas anteriormente.

Nas demais denúncias, ele é acusado de crimes como estupro de vulnerável e violação sexual. Segundo o MP, os crimes ocorreram ao menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias foram divulgadas pela imprensa.