O envolvimento de lideranças políticas de Goiânia com o empresário do jogo do bicho, Carlinho Cachoeira, preso em fevereiro na Operação Monte Carlo, movimentou a sessão na Câmara de vereadores de vereadores nesta terça-feira (27). O vereador da oposição Elias Vaz (PSol) foi à tribuna responder a denúncia publicada no site Brasil 247, segundo a qual Carlinhos Cachoeira teria encomendado ação da Polícia Federal contra as obras do Parque Mutirama.

O vereador é citado porque as denúncias feitas por ele contra a obra ocorreram no mesmo período que foram iniciados os contatos entre Cachoeira e o delegado federal Fernando Antônio Byron Filho.

A matéria também aponta o vereador como o “porta-voz” de Cachoeira, em uma bancada do empresário na Câmara, que teria como membros ainda os vereadores Maurício Beraldo (PSDB), Geovane Antônio (PSDB) e Santana Gomes (PSD).

Em discurso na tribuna e em entrevista à imprensa, Elias Vaz foi ao ataque. Acusou a prefeitura de estar por trás das denúncias e revelou que participou de uma reunião, no ano passado, na casa do colega Santana Gomes, articulada pelo chefe de gabinete do prefeito, Cairo de Freitas, e que teve a participação de Cachoeira.

O vereador disse que Cachoeira foi à reunião a pedido de Cairo de Freitas e teria atuado como interlocutor do Paço. “Ele pediu que nós pegássemos mais leve para ter uma saída. Eu defendi que precisavam ser corrigidas as irregularidades, a prefeitura não corrigiu e um mês depois eu entrei com a ação popular”.

Elias Vaz lembrou que Cairo de Freitas e Cachoeira chegaram para a reunião no mesmo carro, confirmou que manteve contatos com Carlinhos Cachoeira e diz que não viu problema no empresário participar da reunião com vereadores da oposição.

“Sempre conversei com ele. Fizemos uma discussão e ele fez um pedido que eu não atendi porque não resolveram o problema do Mutirama”.