É certo que a paisagem da Floresta Amazônica passou por mudanças intensas ao longo do tempo. Mas, de acordo com informações da Universidade de São Paulo (USP), agora seremos capazes de voltar milhões de anos na história da maior floresta equatorial do mundo.

O processo de perfuração do “túnel do tempo” começou na última sexta-feira (16), com uma equipe internacional de pesquisadores que irão se dedicar a perfuração de um poço de dois quilômetros de profundidade. Com a pesquisa, será possível conhecer mais detalhes de como era a vida na região de até 65 milhões de anos atrás.

Pesquisa

Para o projeto, cerca de 60 pesquisadores estão envolvidos. Nesse sentido, 30 são brasileiros. O programa de pesquisa pode ser visto como o mais amplo programa de pesquisa para estudar origem e evolução da Amazônia. Segundo os os pesquisadores, o objetivo é compreender como a floresta se formou e como ela foi se modificando ao longo do tempo.

Nesse sentido, a pesquisa também contribui para prever possíveis mudanças no futuro, visto que alguns processos podem se repetir. O processo será iniciado no município Rodrigues Alves, no norte do Acre. Além disso, está previsto que outras localidades também recebem perfurações.

Imagem: Jornal da USP

“A Amazônia é a região de maior biodiversidade da Terra. Mas como ela ficou assim? E será que continuará assim?”, afirmou o professor Paul Baker, da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Para encontrar respostas para esses questionamentos, cientistas irão coletar o que chamam de “testemunhos”.

Procedimentos

Nesse sentido, a coleta de milhares de testemunhos será extraída de localidades nas bordas leste e oeste da Amazônia brasileira. Dessa forma, o testemunho corresponde a uma amostra cilíndrica de até seis metros (m) de comprimento. Assim, cada camada fornecerá informações amostrais inéditas.

“Essas rochas e sedimentos funcionam como um arquivo da história da Amazônia”, explica o profssor do Instituto de Geociências (IGc) da USP, André Sawakuchi.

Ademais, a frente brasileira do estudo é nomeado como Projeto de Perfuração Transamazônica e vinculado ao International Continental Scientific Drilling Program (ICDP), além de apoio de outros projetos internacionais. Aém disso, é previsto um investimento total de US$ 4 milhões.

Com informações do Jornal da USP

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 15 – Vida Terrestre.

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