O presidente do PSD, Vilmar Rocha, mantém viva a perspectiva de que um novo nome pode surgir no ambiente político de Goiás até as convenções.

Mais que um nome, uma novidade pode emergir, quem sabe de fora do governo. Uma novidade que represente renovação de ideias, modelo de gestão, visão de Estado.

A discussão é boa. Mostra preocupação com o jogo político além dos embates eleitorais. Ele inclusive coloca-se na discussão: não é novo na idade, mas se enquadra entre os que tem vocação para tal. Sua trajetória o credencia.

Detalhe é que essa posição coloca como instável o vice Zé Eliton (PSDB) na condição de ‘nome natural’ da base aliada. E isso no momento em que Eliton se prepara para assumir o governo e impulsionar a campanha – já aí – para a reeleição.

Como para toda ação há reação, o clima entre Eliton e Vilmar, que já não é bom, tende a ficar pior ainda. As consequências? Imprevisíveis.

Vilmar quer ser candidato a senador, mas tudo aponta para uma chapa governista com Eliton ao governo e Marconi e Lúcia Vânia ao Senado. Não há espaço para ele.

É nesse ponto que discurso e realidade se chocam. O discurso do amplo debate contra a constatação fria das alianças para outubro, em andamento. A presença no governo e a admissão de que “gostaria que o PSD tivesse candidato a governador em 2018”. Questões indissociáveis. Associações de interesses, inevitáveis.

À parte, os três deputados da legenda que são candidatos à Câmara – os hoje federais Heuler Cruvinel e Thiago Peixoto e o estadual Francisco Jr. – negociam com Eliton espaços no governo, dando toda pinta de que estão fechados com ele para a reeleição.

Por enquanto, é isso. Heuler até aparece na lista de prováveis candidatos a vice de Eliton.

 

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Confira a entrevista de Vilmar Rocha à Sagres 730. Vale a pena.

Vilmar Rocha: “eu gostaria que o PSD tivesse candidato a governador em 2018”

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