O ex-deputado federal Vilmar Rocha confirmou ontem candidatura ao Senado na convenção do PSD em Goiás e considera que a disputa interna entre três nomes da base do governo estadual, além de não ser “conveniente” para a própria disputa, poderá ainda prejudicar o projeto de reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB). O presidente estadual do PSD analisou o cenário em entrevista exclusiva à Coluna e garantiu que, apesar das circunstâncias, a candidatura dele “é pra valer”.
Vilmar aponta que a articulação, desde 2020, era para que a chapa governista tivesse o UB com a indicação a governador, o MDB com a vice e o PSD com o Senado. “Só que isso não foi possível. É a vida. Então, nós estamos procurando administrar essa nova situação, vamos aguardar os desdobramentos disso. Agora, é claro que isso cria um atrito, cria um constrangimento”, avalia o ex-deputado.
“E ela é negativa, nas atuais circunstâncias, para os candidatos ao Senado e eu acredito que ela vai trazer prejuízo para a chapa de governador e vice. Ela também não é legal para governador e vice”, aponta Vilmar Rocha.
Reconciliação
O governador discursou na convenção do PSD e fez questão e remorar o passado que tem com Vilmar Rocha, nos tempos de PFL. Preferiu não citar as brigas e conflitos, que tiveram como resultado a saída de Vilmar da sigla, quando da fundação do PSD.
Memória
“Esse homem era um cabeça pensante, comandava a fundação do PFL, do Democratas, hoje do PSD. Fomos lá e vivemos juntos vários mandatos na Câmara dos Deputados. Jamais desonrou os votos dos goianos. Sempre tivemos altivez nas defesas de Goiás. Temos vários quilômetros rodados”, discursou o governador.
Cachimbo da paz
À Sagres, Vilmar respondeu: “superamos essas divergências. Eu sempre digo que, quando você tem divergências olho no olho, cara a cara, não fica ressentimento”.
Amizade
O presidente estadual do PSD admite manutenção de amizade próxima com Marconi Perillo (PSDB) e que ficou “surpreso” com a decisão do ex-governador de também disputar o Senado. Apesar disso, mantém a candidatura.
Oposição
Já o ex-governador pediu votos para a oposição, na convenção que o oficializou candidato ao Senado. “Não faremos coligação com outros candidatos, mas recomendo e peço publicamente, aos meus companheiros e a todos que puderem seguir a minha orientação, que votem nos candidatos da oposição”.
Propostas
“Mas não só nos candidatos da oposição, mas, naqueles que, eventualmente apresentem propostas consistentes, viáveis, exequíveis. Propostas modernas e progressistas e que signifiquem avanços expressivos para a nossa população”, pediu Perillo.
Ao voto!
Durante a convenção do União Brasil, o deputado federal Delegado Waldir afirmou que se considera Davi em uma disputa contra “alguns Golias”. Ele foi oficializado como candidato a senador. “É, estão aí alguns Golias, e o Delegado Waldir como Davi, o senador do povo. Vim para esse cenário de disputa, em busca dessa vaga”.
Região Sudoeste
O ex-deputado federal Heuler Cruvinel foi definido como vice na chapa do candidato a governador, Gustavo Mendanha (Patriota). Entre os critérios para a escolha, está o fato de o ex-parlamentar ser católico e vir de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás.
Explique
Mendanha disse apostar na experiência do escolhido. “O Euler é da cidade de Rio Verde, sudoeste goiano, região importante. Euler representa o agronegócio, chega com a formação que esperávamos. Eu da cidade, ele do campo. Também buscamos um vice que fosse católico. Eu sou evangélico e não queríamos aqui ter uma guerra de fé, então era importante buscar um vice que fosse católico”, disse o ex-prefeito.
Esquerda
Já o PT confirmou projeto próprio da federação ao governo de Goiás, com o nome do professor Wolmir Amado. O vice da chapa é o advogado Fernando Tibúrcio (PSB). Para o Senado, a aliança entre PT, PCdoB e PV lança Denise Carvalho (PCdoB).
Nomes
O primeiro suplente de Denise Carvalho será indicado pelo PV. O segundo suplente será Paulo Alves (PT), professor e ex-vereador de Iporá, que chegou a ser cotado para o ocupar o lugar de vice na chapa.
