O Atlético Goianiense agiu rápido após a demissão do técnico Umberto Louzer e na tarde da última segunda-feira (16) anunciou a contratação do técnico Jorginho, que retorna ao clube um ano e um dia após seu pedido de demissão, em maio de 2021. Na época, com 71% de aproveitamento à frente da equipe, ele deixou o Dragão por divergências com o presidente Adson Batista, especificamente com comentários feitos pelo dirigente após uma partida da Sul-Americana, onde discordou de algumas escolhas do então treinador.

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O desligamento de Jorginho não era nem vontade da diretoria, que ao ser informada da decisão do ex-lateral da Seleção Brasileira, tentou demovê-lo da ideia. Em contato com a Sagres nesta terça-feira (17), Adson Batista revelou que a forma como o técnico saiu do clube já é assunto superado. Ele revelou que ainda no ano passado, quando o Atlético-GO foi enfrentar o Cuiabá (time que Jorginho comandava) no Mato Grosso, os dois se encontraram e “apararam as arestas”.

“Ele me procurou em Cuiabá no ano passado, nós conversamos. Ele disse que gostou muito de trabalhar no clube, da estrutura e da gestão. Ninguém é perfeito, mas faço uma gestão séria e profissional e sou reconhecido por isso. Houve uma convergência e ele deixou as portas abertas”, contou.

O presidente rubro-negro também enumerou as qualidades que fizeram com que ele desse prioridade à Jorginho na hora de pensar em um nome para comandar o time na sequência da temporada.

“A opção pelo Jorginho é porque ele é um cara que tem caráter, tem muita capacidade, conhece a competição e os jogadores gostam do trabalho dele (…) Ele é uma pessoa séria, profissional que a arbitragem respeita e tem um currículo invejável. O Jorginho fez um grande trabalho no Cuiabá, tirou o time da zona de rebaixamento e, principalmente, levou para a Sul-Americana. Ele conhece o futebol brasileiro e está muito adaptado”, destacou Adson.

Campeão mundial com o Brasil na Copa do Mundo de 1994, Jorginho iniciou sua trajetória como treinador como auxiliar da Seleção Brasileira e em 2010 treinou o Goiás. Ele também tem passagens pelo futebol japonês, dos Emirados Árabes, e por clubes tradicionais do Brasil como Flamengo, Vasco, Bahia, Ponte Preta, Coritiba e, por último, o Cuiabá.

Ele desembarca em Goiânia nesta terça-feira (17) para assistir do camarote do Estádio Antônio Accioly o duelo contra o Antofagasta pela quinta rodada do Grupo F da Copa Sul-Americana, às 21h30. O treinador deve ser apresentado nesta quarta-feira (18) quando comanda a primeira atividade no CT do Dragão e inicia a preparação para sua estreia no próximo sábado (21) contra o Coritiba pelo Campeonato Brasileiro da Série A, competição que é o carro-chefe do Atlético-GO, mas que o rubro-negro ainda não venceu.