A morte ainda é um assunto considerado como tabu no mundo ocidental. No entanto, por razões de trabalho, muitas pessoas precisam lidar com esse tema no dia a dia. É o caso dos agentes funerários, profissionais responsáveis por organizar funerais, providenciando a documentação necessária.

Para atuar como Agente Funerário é preciso além de ter carteira de habilitação, possuir ensino médio completo e cursos em Tanatopraxia, que é o procedimento de preparação do cadáver para o velório ou funeral. Rodrigo Carvalho é agente funerário há quase três anos. Ele afirma que escolheu a profissão por curiosidade.

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Rodrigo Carvalho detalha as principais funções desempenhadas pelos agentes funerários, que incluem por exemplo a maquiagem dos cadáveres.

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De acordo com informações do site nacional de empregos, o salário médio de um agente funerário é de R$ 2 mil. Apesar do ambiente de trabalho ser considerado tenso e sombrio, a profissão é uma das que mais cresce no país. No entanto, em virtude da falta de mão de obra qualificada e do receio que as pessoas têm de lidar com a morte, as empresas geralmente encontram dificuldades para contratar novos profissionais.

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Ainda segundo Rodrigo Carvalho, o agente funerário exerce um papel importante ao oferecer conforto às famílias enlutadas.

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Um bom agente funerário deve agir com discrição e ética, evitando preconceitos e mantendo o controle emocional. O vilipêndio ou desrespeito ao cadáver é um crime previsto no Código Penal Brasileiro. Qualquer pessoa que fizer sexo com cadáver, esmurrar ou chutar o corpo, falar palavrões, cortar alguma parte do corpo, rasgar as roupas do morto ou dispersar as cinzas propositalmente de forma desrespeitosa, pode pegar de um a três anos de prisão ou ser obrigado a pagar multa.