A Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO) promoveu um encontro para abordar os planos e políticas da Década das Nações Unidas para a Agricultura Familiar. Ademais, a reunião, que ocorreu neste mês de dezembro, contou com a presença de 10 ministros, representantes de 24 países e 200 delegados.

Primeiramente, o evento realizado em Santiago, no Chile, foi importante para reunir líderes internacionais em prol de uma pauta que impacta todas as nações envolvidas. Mario Lubetkin, representante regional da FAO para América Latina e Caribe, destacou a importância da Agricultura Familiar para o combate à fome e projetou um plano de ação.

“Somente entre 2019 e 2021, os números da fome aumentaram para mais de 13 milhões de pessoas. A pobreza projeta atingir 201 milhões de pessoas. Além disso, é necessário um trabalho colaborativo que deve ser liderado pelos países, por meio de suas instituições, para avançar em suas prioridades”, frisa Lubetkin.

Além disso, representantes de governos, entidades e organizações rurais da região se comprometeram a desenvolver e implementar agendas de políticas públicas para potencializar agricultores familiares pelo seu papel fundamental na erradicação da fome e da pobreza, além da mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Ainda foi ressaltado que é essencial direcionar mais investimentos para a agricultura familiar. Essa é uma das estratégias para combater a desigualdade nos territórios e levar à sociedade alimentos saudáveis ​​e nutritivos produzidos de forma mais sustentável. Foi o que relatou o ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela. Ele agradeceu à FAO por ceder o espaço para o evento e agradeceu à agricultura familiar de seu país. “No Chile, não faltou produção por parte de homens e mulheres”.

Contudo, o ministro do Desenvolvimento Agropecuário do Panamá, Augusto Valderrama, destacou a forma como seu país tem dado passos para promover o setor. “A ação inicial foi a definição e aprovação de um marco legal que garantisse o fortalecimento do setor produtor de alimentos e o desenho de uma política que garanta um setor agrícola sustentável”, explicou.

Por fim, a vice-ministra de Desenvolvimento Rural da República Dominicana, Miriam Estela Guzmán de Tejada pediu por cautela quanto aos investimentos no tema. “Para que a Agricultura Familiar seja sustentável, deve ser lucrativa, associada, investigada e, portanto, financiada”.

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