Sagres em OFF
Rubens Salomão

Alckmin fará visita solo a Goiás para atrair agro e empresários à campanha de Lula

Pré-candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) fará uma série de viagens solo a estados em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém amplo índice de apoio, com o objetivo de conquistar apoios para o petista. Até agora, as agendas do ex-governador de São Paulo e de Lula seguiam coladas, mas a estratégia é dividir para conquistar, a partir do dia 5 de agosto – prazo final para a realização das convenções partidárias.

A campanha petista é ampliar o apoio que falta ao ex-presidente em setores como o agronegócio e o empresariado. Alckmin vem a Goiás e deve viajar a outros cinco estados com o objetivo aproximar estes segmentos. São eles: Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. O vice de Lula só começará a viajar depois das convenções para evitar constrangimentos em locais onde PT e PSB ainda negociam alianças, como ocorre em Goiás.

A expectativa é de que as movimentações do ex-governador possam reduzir a rejeição dos setores em relação a Lula e evitar, por exemplo, que entidades empresariais ou religiosas emitam notas contrárias ao petista antes das eleições, como ocorreu em 2018, quando Fernando Haddad foi o candidato do PT à presidência.

Foto: Alckmin e Lula (Crédito: Rodrigo Francisco)

Acesso

“Alckmin tem habilidade. Ele vai cumprir missões espinhosas que normalmente o titular não está disposto a cumprir. Às vezes, não convence todos, mas convence a alguns. As conversas podem gerar frutos eleitorais e políticos”, apontou ao Jornal O Globo o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

Conjunto

Na mesma semana em que Alckmin deverá visitar Santa Catarina, o vice pretende desembarcar em Mato Grosso, onde o PSB costura agendas com empresários dos ramos de algodão e soja, entre outros.

Espera

Depois de confirmar o nome do ex-reitor da PUC/GO, Wolmir Amado, na pré-candidatura ao governo, a federação composta por PT, PV e PCdoB não demonstra qualquer pressa em definir as indicações para vice e senado na chapa majoritária.

Prazo final

Petistas são unânimes em dizer apontar que a definição dos nomes só será fechada pela aliança na data limite das convenções. O PT chegou mantém disposição para aliança com o PSB, mas houve resistência no partido presidido pelo deputado federal Elias Vaz, que ainda considera amplas possibilidades de aliança em Goiás.

Foto: Alan Santos/PR

Antecipação

O governo de Jair Bolsonaro pretende adiantar o início do pagamento do Auxílio Brasil com novo valor. A partir de agosto, o benefício passará de R$ 400 para R$ 600. No calendário oficial, a previsão é de que a primeira parcela seja paga entre 18 e 31 de agosto, mas Bolsonaro pediu celeridade aos órgãos envolvidos para antecipar o pagamento para o início do mês.

Demanda

A meta é que o pagamento esteja na conta dos beneficiários já no dia 9 de agosto. Bolsonaro sinalizou na última semana que pretende adiantar o depósito do dinheiro. “Vai ser pago a partir de agora, no início do mês que vem”, comentou. O governo federal prorrogou para 13 de agosto o prazo para que famílias se cadastrem no CadÚnico e solicitem o benefício.

Foto: Pré-candidato à reeleição no DF, Ibaneis Rocha encontra empate com Arruda. (Crédito: Divulgação)

Empate no DF

A última pesquisa do Instituto Quaest aponta que o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-governador Roberto Arruda (PL) estão empatados na disputa pelo governo do Distrito Federal. O emedebista busca a reeleição e tem 28% das intenções de voto, enquanto Arruda apresenta 25%, na pesquisa estimulada, quando são apresentados ao eleitor os nomes dos pré-candidatos.

Divisão

O cenário que levou a este resultado leva em conta o maior número de candidaturas ao Palácio do Buriti. Na mesma linha, todos os outros quadros testados pela pesquisa apontam para um empate entre Ibaneis e Arruda, que estão significativamente à frente dos outros concorrentes.

Dados

O levantamento no DF foi encomendado pelos Diários Associados, tem margem de erro de 2,5% e intervalo de confiança de 95%. A pesquisa realizou 1,5 mil entrevistas entre os dias 11 e 14 de julho.

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