Toda pré-temporada é o mesmo roteiro: a rotina é desgastante e o jogador reclama da intensidade dos trabalhos físicos. E quem mais escuta as reclamações? O preparador físico. No caso do Vila Nova, quem tem de lidar com isso é Alexandre Irineu, que vai para mais uma temporada no clube colorado. Na reapresentação do elenco, o profissional detalhou como será a rotina colorada até a estreia no Goianão 2014, no dia 19 de Janeiro.

A primeira parte, segundo Irineu, é sempre a mais desgastante: os jogadores farão cinco treinos em sequencia e no sexto, terão folga, para relaxarem a musculatura. Isso seguirá até o dia 23 deste mês, quando os jogadores serão liberados e terão os dias 24 e 25 de folga, mas retornam no dia 26, no período da tarde. Mais uma carga pesada de treinos até o dia 30, quando nova folga é concedida nos dias 31 e 1, com retorno programado para o dia 2, também a tarde.

Em Janeiro, o ritmo e o foco dos jogadores muda, segundo Irineu. Nos dias 2 e 3, os atletas passarão por uma baterias de testes, algo crucial em cada início de ano. No dia 6, está programada uma inter-temporada, possivelmente em Caldas Novas, a exemplo do que aconteceu no início de 2013, que deve durar uma semana. A semana final antes da estreia do Goianão será no Onésio Brasileiro Alvarenga. O grupo colorado se reapresentou incompleto, mas Alexandre garante que isso não atrapalha muito.

“É sempre assim e não vai acabar (pré-temporada) em Janeiro, porque no meio do campeonato chegam mais dois, três. É assim todo início de ano, em todo lugar, tem o problema da negociação, não consegue colocar aqui todos no mesmo dia, os que jogaram Série B e Série A não querem vir, querem os 30 dias de férias. Isso aí faz parte e a gente tem que se adaptar, e à medida que os atletas forem chegando, a gente analisa a condição de cada um e direciona uma nova estratégia”

O preparador físico também revelou que, antes da estreia no Goianão, o Vila tem três amistosos programados, mas ainda falta definir os adversários, todos eles em Janeiro. Isso é importante também para os jogadores mais velhos, como Róbston e como o atacante Wando, que volta ao clube na próxima semana. Sobre o Capetinha da Toca, Irineu se mostrou na expectativa pelo trabalho e reconheceu que será preciso dosar um pouco as atividades.

“Tem atleta mais velho que tem vigor físico melhor que os atletas mais jovens, mas requer um certo cuidado. O Wando tem um histórico de lesão muito grande e temos que tomar cuidado. Da última vez que passei aqui, consegui ficar um ano inteiro sem nenhuma lesão do Wando, ele não ficou fora de jogos, apenas por questões técnicas. Foi um ano bom, mas a gente segurava, tinha alguns tipos de treino que ele não fazia. Esse tipo de direcionamento cabe ao Róbston também”