O advogado e ex-secretário da Casa Civil em Goiás, Fernando Tibúrcio, afirmou em entrevista à Sagres, que espera eleições polarizadas neste ano de 2022 e que, por isso, articula para a criação de uma frente ampla no Estado. “Essa possibilidade existe e é nosso desejo. É claro que essa frente ampla está sendo formada independentemente de uma decisão do PSDB, mas sem dúvida a presença do partido trará maior densidade eleitoral. Claramente, essa aliança sendo formada, hoje, com o PSDB representaria a social-democracia”, explicou.

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Para o advogado, com a formação da frente ampla, Goiás teria uma divisão clara entre os grupos alinhados ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e a oposição. “De um lado, todo esse obscurantismo e do outro, um grupo mais progressista, mais alinhado, no meu ponto de vista, com projetos de inclusão social e de retorno à trilha da democracia”, explicou.

Fernando afirmou que não pode dar certeza sobre a organização dessa aliança, mas que em um 2º turno, com o “acirramento do debate”, muito provavelmente, essa união ocorrerá. Outro ponto que favorece a criação dessa frente ampla é a dificuldade da terceira via em conseguir nomes fortes para a eleição. “A terceira via, dificilmente, prosperará e vejo como um movimento natural, esses candidatos que imaginavam ocupar esse espaço, no momento em que não se viabilizar, apoiarem a chapa Lula (PT) e Geraldo Alckimin (PSB)”, disse.

Em Goiás, o ex-governador Zé Eliton (PSB), deixou o PSDB e se filiou ao PSB e é um dos articuladores para a formação dessa frente ampla de oposição. Além disso, o ex-secretário contou que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) também esteve em contato com o ex-presidente Lula, mas que, no momento, apenas falaram sobre o Brasil, “sem alianças ou aproximações”. “Nós continuaremos conversando com todos os progressistas do Estado de Goiás”, declarou.

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