O biotecido é uma alternativa sustentável para diminuir as emissões globais de gases de efeito estufa. Para a indústria da moda, que responde por cerca de 10% das emissões, é uma oportunidade de investimento em soluções sustentáveis e mais conscientes. Conforme o estudo da Kings Research, os tecidos orgânicos, reciclados e naturais representaram 40,89% das receitas do setor em 2023.

Desenvolvido a partir do micélio, parte vegetativa de um fungo, o biotecido está se destacando na indústria da moda. Ele é uma alternativa ao couro animal e sintético e é um produto biodegradável. A produção do biotecido estimula a reciclagem, como explicou Antonio Carlos de Francisco, CEO da Muush.

“O biotecido de micélio não é apenas uma alternativa ecológica ao couro, mas um avanço na forma como enxergamos a produção de moda. Isso porque utilizamos resíduos agroindustriais e eliminamos a necessidade de químicos pesados, reduzindo significativamente os impactos ambientais e promovendo uma economia mais circular, além de proporcionar um futuro mais sustentável”.

Impacto no clima

A Muush é uma startup brasileira de biotecnologia. Segundo o CEO, houve aumento do interesse no material biodegradável por causa da sustentabilidade, economia e bioeconomia circular que o tecido possui. Assim, Antonio Carlos de Francisco está ciente do impacto da moda no meio ambiente.

“Não podemos mais esperar, a crise climática já é uma realidade. Por isso, transformamos desafios ambientais em oportunidades. Com opções que equilibram inovação, estética e sustentabilidade, mostramos que é possível alinhar propósito e lucratividade, rumo a um futuro mais verde e consciente para o mercado global”, afirmou.

*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 12 – Consumo e produção responsáveis.

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