O balanço do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos do último mês de março mostra que Goiás alcançou a maior produtividade média no plantio de soja no Brasil na última safra. O estado ainda se tornou o segundo maior produtor da oleaginosa no país. O crescimento da área plantada se deve à queda na colheita no Rio Grande do Sul e Paraná, dois dos três maiores produtores do grão no país, devido a alterações climáticas na região.

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Em entrevista à Sagres, o coordenador do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), Leonardo Machado, disse que o desempenho goiano na safra anterior evidencia os índices recorde. “Em relação a safra de soja nacional houve uma queda por causa da questão do sul, mas Goiás conseguiu ter uma produção acima de 16 milhões de toneladas, o que é um recorde”, disse.

Segundo o coordenador, produziu 65,5 sacas por hectare. “São números bastante expressivos, trazendo bons números de modo geral para o Centro-Oeste”, enfatizou.

No entanto, Leonardo lembrou que, apesar da alta produtividade, o início e continuidade da guerra na Ucrânia pode afetar a próxima safra goiana. “Pensando na safra de 2023, nossa grande preocupação são fertilizantes, uma vez que se tem todo o problema da guerra entre Ucrânia e Rússia. Com problema no fornecimento e preços desses fertilizantes, estamos vendo se há condição da gente usar menos fertilizantes que nas safras anteriores”, concluiu o coordenador.

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